Trilha:
Eu espero que não ligue, e muito menos ache estranho, narrar algumas de nossas aventuras e mostrar para o mundo que não é clichê, ou muito menos démodé, viver uma história de amor, com final feliz. Eu sei, eu sei. Você vive dizendo que esse amor “hollyudiano” é inventado, pra criar em nós falsas expectativas. E que o amor de verdade é bem diferente dos que saltam dos filmes. Mas e quando você sente que não importam as voltas que o mundo pode dar? Quando não importa o tempo que passar? E se, por algum deslize ou suspense do diretor, nós nos perdêssemos pelo meio do filme? No fim (melhor parte), com certeza vamos nos encontrar. Ninguém vai levantar da poltrona até saber que a gente voltou.
Vão dizer que é exagero, esse querer sem limite e que cresce ainda mais com a presença diária. Vão dizer que é mentira, essa vontade desmedida e avassaladora, que faz da gente ser quase imã um do outro. Vão dizer que é bobagem, os apelidos vergonhosos, as declarações públicas e a vontade de externar sempre o que não cabe no peito. Vão dizer que o que sinto passará em breve, que é chama fugaz dos amores noviços, desses que fazem a gente morrer, de repente, no lapso de tempo que separam as despedidas e os reencontros.
Talvez você nem seja mesmo real. Talvez seja como esses filmes que tanto condena. Afinal que outro ser brincaria de dar vida à fantasia de um amor de cinema? Que outro amor, de mim, não fugiria, quando, por vezes, eu mesma quisesse me deixar? Que certeza se manteria tão intacta, quando eu me tornasse caos e lhe provocasse a persistência que só os roteiros mais melancólicos podem contar? Que mais eu poderia querer da vida, senão a benção disso tudo ser vivido e ainda ser real? Vão dizer que você nem existe. Mas quer saber? Se for mentira, é dessas boas, dessas que não fazem nenhum mal. Já acreditei em tanta verdade doída, que hoje mesmo, prefiro as mentiras, desde que, bonitas.
#DQ150 #Espalheamorporaí <3