Filiado ao partido de Bolsonaro, ativista LGBT é vítima de intolerância em São Luís por sua posição política

Carlos Garcia (de camisa amarela) com candidatas eleitas em edição do concurso Miss Maranhão Gay

O ativista das causas de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT) e produtor cultural Carlos Garcia foi vítima da intolerância do próprio grupo social que defende por causa do seu posicionamento político. Garcia não só votou em Jair Bolsonaro, como é filiado ao Partido Social Liberal (PSL), o mesmo pelo qual o deputado federal e capitão reformado do Exército brasileiro se elegeu presidente da República no dia 28 de outubro.

A polêmica teve início por causa de uma postagem feita pelo ativista no Facebook, no início da manhã desta segunda-feira (5). Em sua publicação, ele fez o seguinte anúncio: “Agora é pra valer. Miss Brasil Gay das Américas dia 1º de dezembro na Pedrita”.

Logo, pessoas da comunidade LGBT passaram a se manifestar sobre a festa, a maioria de forma positiva, inclusive, elogiando o trabalho de Garcia como promotor de eventos do gênero.

Mas houve também quem censurasse o ativista, questionando seu envolvimento nas causas de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros. Mesmo agindo com total transparência em relação à sua postura política, ele  teve sua atuação no meio LGBT questionada por causa da escolha que fez nas urnas.

O mote para as críticas foi um só: o posicionamento de Garcia na última eleição presidencial. “Bom ganhar dinheiro com festa p lgbt… mas na política apoiou um candidato homofóbico”, escreveu o internauta Bruno Silva. A resposta foi imediata: “eu sempre trabalhei com festa GLS e tenho um trabalho social com os gay no (Hospital) Getúlio Vargas. O meu voto não tem nada a ver com isso e eu sou do PSL (partido de Bolsonaro) há muito tempo”, rebateu, para em seguida indagar ao seu detrator: “E você, faz o que pra ajudar os gays?”.

Internauta criticou duramente, em rede social, a postura de Carlos Garcia, que rebateu imediatamente o comentário

Outro internauta, que se identificou como Paulo Mendonça, condenou a postura de Garcia. “Temos que rever valores, afinal, quem apoia o Bozó homofóbico não deveria promover eventos para o publico LGBT”, argumentou. A resposta também foi direta e certeira. “Eu sempre fiz festa GLS e meu voto é um direito meu. Mas vou continuar ajudando os gays. E você, faz o que pelo próximo?”, voltou a questionar.

No mais, o que se viu foi uma sucessão de manifestações de apoio ao ativista por sua disposição de levantar a bandeira que sempre empunhou, seja por meio de festas para o público LGBT, seja prestando solidariedade aos que vivem com a saúde debilitada.

Polêmica à parte, o que mais chamou a atenção foi a coragem de Carlos Garcia de assumir o voto e a filiação partidária, mesmo sob protestos dos intolerantes.

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