
Exonerado dos quadros da Polícia Civil do Maranhão após ser condenado em processo disciplinar, o agora e-delegado Sérgio Damasceno acusou a cúpula da Secretaria de Segurança Pública de persegui-lo enquanto exercia a função. Alegando ter sido injustiçado, ele anunciou que buscará os meios legítimos para assegurar seus direitos.
Em nota encaminhada à TV Mirante e gentilmente cedida a este blog pelo jornalista Soares Júnior, editor-chefe do Bom Dia Mirante, Damasceno diz que vem sendo vítima de injusta, cruel e covarde perseguição por parte da atual cúpula da Secretaria de Segurança Pública.
Alega que o ato que oficializou sua demissão, assinado pelo próprio governador Flávio Dino (PCdoB), foi publicado com motivo genérico, fazendo referência a “improbidade administrativa”, sem, no entanto, revelar a real causa de tal improbidade, com a clara intenção de confundir a opinião pública.
Sérgio Damasceno afirma que foi exonerado por ter prendido pessoas acusadas de agiotagem, furtos, porte ilegal de armas e retenção de cartões de aposentados feitas por policiais militares em um município onde ele não estava lotado à época. Registrou ainda o ex-delegado que as referidas prisões ocorreram em 2004 e que no decurso desse tempo o processo prescreveu. Seguem o ato de exoneração e, logo abaixo, a nota:
Desde o ano de 2016 venho sofrendo injusta, cruel e covarde perseguição por parte da atual cúpula da Secretaria de Segurança. Vejam que eles fazem publicar minha demissão por improbidade administrativa, porém, o fazem de forma generalizada, não revelam o verdadeiro motivo dessa improbidade para confundir a opinião pública, deixar margem para se pensar que foram atos de desonestidade. Deveriam dizer que a demissão deu-se por causa de prisões de foras da lei acusados de agiotagem, furtos, porte ilegal de armas e retenção de cartões de aposentados, feitas por policiais militares em São Francisco do Maranhão, cidade que eu era o Delegado Titular, entretanto, à época das ditas prisões eu estava na cidade de Paraibano, cumprindo ordem de missão. Registre-se, que tais prisões ocorreram em 2004, portanto, há 13 anos. O processo estava prescrito, mesmo assim eles me demitiram. Diferente deles, buscarei os meios legítimos, corretos e honestos para assegurar meus diretos. Não cometi nenhum crime! Nunca tive punição pela corregedoria para sofrer pena máxima! Chega de perseguição!!