A região metropolitana de São Luís está diante de um recorde assustador. De 1º a 11 deste mês, foram registrados assombrosos 52 homicídios nos quatro municípios da Ilha, entre crimes dolosos, lesões corporais seguidas de morte, assassinatos em presídios e confrontos com a polícia. Se a média se mantiver, abril será o mês mais sangrento da história de São Luís, batendo com folga os 100 homicídios.
No mesmo período de março, ocorreram 19 homicídios, ou seja, uma media inferior a dois assassinatos por dia. Por isso, a escalada da violência verificada nos primeiros dias deste mês ainda carece de explicação. Isso porque o contingente policial nas ruas permanece o mesmo, assim como a estrutura destinada às ações de segurança pública, como viaturas e armamento. E até o onde se sabe, não houve uma fuga em massa de assassinos de presídios e delegacias da Ilha. Então, por que o número de homicídios atingiu patamar tão alarmante no intervalo de um mês para o outro?
Dois fatores ajudam a esclarecer o fenômeno macabro: a guerra do tráfico de drogas e o fato de muitas pessoas estarem andando armadas, seja a pretexto de se defender, seja para perpetrar os mais diversos crimes. Nos dois casos, diga-se, trata-se de afronta à lei. Mais ainda: os autores estão agindo na contramão das campanhas de combate à violência deflagradas nacionalmente, como a que prega o desarmamento da população e a que recomenda aos cidadãos que contenham o ímpeto (Conte até 10) antes de tomar uma atitude extrema.
O tráfico e a proliferação de armas estão na raiz da violência, não só em São Luís, mas em qualquer lugar do mundo. Mas não explicam por completo a carnificina ora registrada na capital e nos seus municípios satélites. É preciso investigar quais outros fatores estão concorrendo para o banho de sangue. Sejam quais forem.
Abaixo, a lista com os nomes das 39 vítimas de homicídios dolosos registrados nos primeiros 11 dias de abril:
Eu credito à inoperancia, à tolerancia e a impunidade!
Devido ao aumento do trafico d drogas, é essa praga do crack…