Manifestação de trabalhadores do transporte alternativo que fazem rota para a Baixada Maranhense se estendeu por cerca de 12 horas
Um ato de aparente má-fé resultou em um protesto que se estendeu por mais de 12 horas, nessa terça-feira (17), nos terminais aquaviários da Ponta da Espera, em São Luís, e de Cujupe, em Alcântara. Responsável pela gestão da Serviporto desde 2020, quando decretou intervenção na empresa, o Governo do Estado comercializou passagens em número superior às vagas disponíveis nas duas embarcações da concessionária em operação no momento, o que impediu centenas de pessoas de viajar, causando grande revolta, principalmente em trabalhadores do transporte alternativo.
Sem poder fazer a travessia e amargando prejuízo, motoristas e cobradores de vans bloquearam o acesso ao Terminal da Ponta da Espera. A mesma mobilização ocorreu no Terminal do Cujupe, onde tudo também ficou parado. As interdições em São Luís e na porção continental se prolongaram até por volta das 17h e só foram suspensas depois de várias rodadas de diálogo com gestores do transporte aquaviário, algumas autoridades públicas. A polícia também esteve presente para conter os ânimos mais exaltados.
Venda de passagens a mais
A insatisfação generalizada se deu por causa da venda de bilhetes além da capacidade dos dois ferry-boats da Serviporto confiscados pelo governo estadual e que operam sob a responsabilidade da Agência Estadual de Mobilidade e Serviços Públicos (MOB). Desde a última segunda-feira (16), estão em funcionamento apenas os ferries Cidade de Tutóia e Baía de São José, já que o Cidade de Araioses está parado para manutenção corretiva após apresentar pane recentemente.
Uma trabalhadora do transporte alternativo reforçou a denúncia de venda antecipada de passagens pela empresa que está sob intervenção e é administrada pelo governo, mesmo com número de vagas inferior à demanda de passageiros. Ela cobrou esclarecimentos e solução para o problema e exigiu a presença do governador Carlos Brandão (PSB) para dialogar com os usuários lesados.
Um grupo de motoristas e cobradores de vans, com o apoio de dezenas passageiros, bloqueou o acesso à entrada do Terminal da Ponta da Espera, enquanto outros usuários filmavam a mobilização para divulgar em redes sociais e em grupos de Whatsapp, dando ampla repercussão ao protesto.
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