Paralisação de ônibus completará quatro dias consecutivos nesse sábado (19), sem qualquer perspectiva de desfecho
Em mais uma audiência de conciliação com mediação do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-16), realizada nesta sexta-feira n(18), representantes dos sindicatos das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) e dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Maranhão (STTREMA) novamente não entraram em acordo e a greve do serviço contínua. A paralisação completará quatro.dias consecutivos nesse sábado.
A audiência, convocada pela desembargadora do trabalho Solange Cristina, foi realizada por videoconferência. A reunião virtual começou no período da manhã e se estendeu até o meio da tarde, sem qualquer avanço capaz de pôr fim à mobilização de motoristas e cobradores de ônibus da capital. Nem mesmo a presença de membros da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) levou a um entendimento entre as partes.
Findada a rodada de negociações, dirigentes do STTREMA comunicaram oficialmente o resultado negativo à categoria. Dezenas de motoristas e cobradores que aguardavam o fim da audiência na sede do sindicato reafirmaram sua disposição de continuar lutando por seus direitos.
Convenção coletiva de trabalho
Na Convenção Coletiva de Trabalho, com vigência para 2022, os rodoviários reivindicam reajuste salarial de 15%, tíquete-alimentação no valor de R$ 800,00 (oitocentos reais), inclusão de um dependente no plano de saúde, regularização dos salários atrasados e ainda que sejam assegurados os empregos dos cobradores de ônibus.
Já os representantes dos empresários alegam que um déficit financeiro milionário na operação do sistema de transporte impede o atendimento dos pleitos dos trabalhadores.
Em tempo
No final da manhã desta sexta-feira, o prefeito Eduardo Braide (Podemos) foi surpreendido por um protesto de rodoviários em frente ao Palácio La Ravardiére, sede do Poder Executivo Municipal. O gestor saiu à rua a pretexto de dialogar com os manifestantes. Sem apresentar qualquer proposta concreta, Braide alegou que a prefeitura está pagando um subsídio às empresas, adotando um discurso que em vez de pacíficar a questão, acabou acirrando ainda mais os ânimos.
Assista: