Com novo reajuste do óleo diesel, principal insumo utilizado pelas empresas de ônibus, margem para negociação foi reduzida ainda mais

A greve do transporte público em São Luís completa seis dias nesta terça-feira (26). Enquanto rodoviários, empresários e prefeitura não chegam a um acordo capaz de encerrar a paralisação, centenas de milhares pessoas enfrentam cada vez mais dificuldade para se locomover.
As cenas vistas nas ruas nestes seis dias de greve retratam o caos generalizado que tomou conta da cidade. Trabalhadores, estudantes e outros usuários do transporte amontoados nas paradas, à espera de condução, expressam uma sina que se incorporou no cotidiano da capital maranhense.

Para piorar, reduziram-se as chances de uma solução a curto prazo, já que o novo aumento do óleo diesel, desta vez de 7,15%, em vigor a partir de hoje, dificultam ainda mais as negociações. Com receita comprometida por mais um reajuste do seu principal insumo, as empresas concessionárias das linhas de transporte já não têm margem para fazer proposta salarial. O máximo que ofereceram foi 2% de reposição, oferta rejeitada sumariamente pelos empregados.
Rodoviários e empresários divergem em praticamente todos pontos da pauta de reivindicações, que inclui reajuste de 13% dos vencimentos, jornada de trabalho de seis horas, tíquete-alimentação no valor de R$ 800,00, auxílio-creche e manutenção do plano de saúde, com acréscimo de mais um dependente.

Quanto à atuação da Prefeitura de São Luís durante a paralisação, pode ser classificada como tímida e vacilante, incapaz de debelar os transtornos causados à população e à economia, que já dá sinais de enfraquecimento devido à menor frequência de consumidores.