A Corregedoria da Secretaria de Segurança Cidadã (Sesec) abriu processo disciplinar contra outros quatro policiais acusados de desvio de conduta. Um dos casos foi um homicídio cometido em outubro do ano passado por um agente da Polícia Civil, no Caneco Bar, na rua do Norte, no Centro de São Luís. Em outro processo, um policial é acusado de acumular ilegalmente dois cargos no serviço público.
O policial acusado de homicído é o agente Amâncio Chagas Filho. Em 10 de outubro de 2008, por volta das 20h, ele se envolveu em uma briga com o segurança do Caneco Bar Fábio Lima Silva, que o abordara momentos antes. Após travar luta corporal com o segurança, o policial sacou um revólver e o alvejou no abdômen, matando-o. A arma, um revólver calibre 38, marca Rossi, pertencia à Polícil Civil. Em seguida, Amâncio foi rendido por populares, que passaram a agredi-lo. O agente só não foi linchado devido à intervenção de policiais militares. O crime deu origem a um inquérito no 1º Distrito Policial. Uma comissão presidida pelo delegado Pierson Raimundo Rodrigues apura o caso no âmbito da Sesec.
Outra comissão, também presidida pelo delegado Pierson, investiga responsabilidade funcional atribuída ao auxiliar de perícia médica legal Alessandro Evangelista Araújo. Ele é acusado de acumular, desde junho de 2006, o cargo de policial civil com o de técnico em anatomia e necropsia na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), conduta vedada pelo Estatuto da Polícia Civil (artigo 58, inciso XIII). Lotado no Instituto Médico Legal (IML), Alessandro exerce função gratificada de assistente.
Em 10 de outubro de 2007, por volta das 3h30, o agente José Raimundo Penha Rodrigues deu dois tiros em Robervaldo de Araújo Sousa, que intervira em uma discussão entre um cunhado seu, Raimundo Nonato Ribeiro Júnior, e o policial. O episódio aconteceu na lanchonete/churrascaria do posto de combustíveis São Domingos II, na BR-135, em São Mateus. Robervaldo foi atingido no abdômen e, devido à gravidade do seu estado, foi transferido para São Luís. A comissão de processo disciplinar que apura a responsabilidade do policial é presidida pela delegada Eliana Lima Melo Rodrigues.
O agente Bernardo Araújo também integra a lista de policiais processados pela Corregedoria da Sesec por ter atirado em José Aguido Teixeira de Freitas quando este tentava falar com o também agente Walber de Jesus Conceição Santos, na entrada do Plantão Central da Vila Embratel. O episódio aconteceu por volta de 1h30 do dia 25 de maio do ano passado. De acordo com os autos, o desentendimento aconteceu porque Araújo não permitiu que José Aguido entrasse na delegacia para falar com Walber. Revoltado, o homem passou a discutir com o policial, que sacou um revóvel e atirou nele, atingindo-o na coxa. Em seguida, o agente levou José Aguido até Walber, afirmando que o prenderia por desacato. O colega, no entato, decidiu levá-lo ao Socorrão I para tratar o ferimento. O delegado Maurco Costa da Rocha preside a comissão responsável pelo processo.