Iniciativa do Centro Universitário Estácio São Luís, o projeto “EElA’S Estácio” objetiva promover o desenvolvimento integral de mulheres de baixa renda, em especial desempregadas e estudantes
Um projeto de extensão pensado para ajudar mulheres carentes na pandemia já começou a ser posto em prática em São Luís. Chama-se “EELA’S Estácio” (Empreendedoras, Empoderadas, Livres e Audaciosas) e é desenvolvido pelo Centro Universitário Estácio São Luís, voltado, em uma primeira fase, a moradoras do Residencial Vila Vitória, comunidade localizada nas proximidades da Via Expressa.
O desenvolvido por meio da Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da instituição, objetiva promover o desenvolvimento integral de mulheres de baixa renda, em especial desempregadas e estudantes a partir de um atendimento holístico que possa gerar consciência e práticas empreendedoras, empoderadas, livres e audaciosas entre as participantes.
Dentro da proposta, estão previstas a realização de diversas ações, tais como cursos gratuitos que possam auxiliar as mulheres atendidas a empreender proporcionando sua inclusão no mercado de trabalho, acompanhamento psicológico, nutricional, de educação física e jurídico, para os casos de violência doméstica e oficinas de capacitação técnica para o uso de meios e técnicas de comunicação.
A primeira comunidade atendida é o Residencial Vila Vitória, localizado no entorno da Via Expressa, região que vive um processo de ocupação ininterrupta. Atualmente, há, aproximadamente, 200 residências construídas na área. O território conta com ruas construídas sem planejamento urbano e a comunidade não dispõe de vários serviços públicos indispensáveis.
Para a moradora do Residencial Vila Vitória Thaís Abreu, de 27 anos, as ações podem ajudar a melhorar a qualidade de vida das mulheres da comunidade que em sua maioria, assim como ela, estão desempregadas. “Muitas mulheres vão gostar de obter mais informação pro meio dos cursos e palestras. As mulheres querem fazer cursos, mas não têm condição de pagar e, assim, será bom, porque vai ser de graça e ainda vamos receber o certificado”, disse a moradora.
Thais Abreu também destaca que a maioria das mães da comunidade passam a maior parte do tempo cuidando dos filhos e não conseguem sair de casa para fazer um curso. “Elas não têm tempo e nem dinheiro para pagar um curso, mas se os cursos vão ser de graça e aqui na comunidade, tudo fica mais fácil”, argumenta a jovem.
As ações estão organizadas em seis grandes eixos de atuação, cada um coordenado por um professor da instituição. De acordo com a pró-reitora de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão do Centro Universitário Estácio São Luís, Elizangela Araújo Pestana Motta, o projeto ajudará no desenvolvimento intelectual, físico e emocional das mulheres da comunidade. “Por meio do EELA’S, queremos que essas mulheres se desenvolvam, melhorem sua qualidade de vida e inclusive aumentem a autoestima e o empoderamento para que sejam cada vez mais independentes em todos os sentidos e aspectos de suas vidas”, declara a pró-reitora.
A escolha por trabalhar com mulheres de baixa renda, desempregadas e estudantes no contexto do projeto se justifica pelo aumento significativo dos índices de violência contra a mulher durante o período de pandemia da Covid-19, bem como o acentuado crescimento do número de mulheres desempregadas em virtudes do impacto da pandemia no mercado de trabalho.
Denúncias
De acordo com os dados disponibilizados pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, no mês de abril de 2020, quando o isolamento social imposto pela pandemia durou mais de um mês, houve um aumento de cerca de 40% em relação ao mesmo mês de 2019, na quantidade de denúncias de violência contra a mulher recebidas no canal 180. Isso revela a urgente necessidade de ações e atividades que possam gerar empoderamento e autonomia para as mulheres.
De acordo com o censo do IBGE, realizado em 2010, o percentual de mulheres no Brasil é superior ao total da população masculina no país. Assim, estima-se que atualmente existam cerca de quatro milhões a mais de mulheres em relação à quantidade de homens no país. Essa quantitativo superior entre homens e mulheres ocorre principalmente em virtude da maior expectativa de vida feminina e da maior mortalidade de jovens do sexo masculino.
Segundo dados do IBGE, as mulheres vivem, em média, sete anos a mais que os homens. Apesar dessa clara melhora na expectativa de vida da mulher no país, a desigualdade de gênero e a violência contra as mulheres ainda geram dados alarmantes. Com relação à violência contra a mulher, de acordo com dados divulgados pelo Jornal Estadão, o Brasil ocupa o 7º lugar em um ranking de 84 países em quantidade de homicídios de mulheres, apresentando cerca de 4,4 assassinatos a cada grupo de 100 mil mulheres.
O projeto integra um programa nacional da Área de Pesquisa, Extensão e Internacionalização da Yduqs, companhia criada em 2019 e que atua na área da educação no Brasil, tendo com uma das suas marcas de ensino a Estácio, que visa o empoderamento de mulheres em situação de desemprego. Projetos semelhantes estão sendo desenvolvidos no Centro Universitário Estácio Juiz de Fora, na Faculdade Estácio de Natal e na Faculdade Estácio do Rio Grande do Norte.
Belíssimo projeto!!! Parabéns aos gestores do projeto, que através
Dessa janela aberta, vislumbra-se possibilidades a partir
Da voz que será ouvida!!!
Parabéns
MARAVILHA essa iniciativa da instituição, será de grande ajuda e acolhida para essas mulheres, diferentes entre si, mas com a histórias de vidas semelhantes. Parabéns Estácio São Luís, professores e alunos envolvidos nesse projeto.
Estão de parabéns pela iniciativa! Mesmo que em tempos de distanciamento social, a solidariedade não pode ser deixada de lado.
Parabéns pela linda iniciativa, por mais educadores assim!
Belíssima iniciativa !
Parabéns aos envolvidos.