O Maranhão exibe números assustadores em um ano e um mês de pandemia do novo coronavírus. Nessa quinta-feira (22), o estado atingiu a indesejável marca de 7.032 mortes em decorrência da Covid-19, segundo boletim da Secretaria Estadual de Saúde (SES), o que, estatisticamente, significa que um a cada 1.000 habitantes do território maranhense morreu de Covid-19 desde 29 de março de 2020, quando foi notificado o primeiro óbito, o de um homem que estava internado com sintomas graves da doença em um hospital de São Luís.
De acordo com estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente a 2020, o Maranhão tem exatos 7.114.598 (sete milhões, cento e catorze mil, quinhentos e noventa e oito) habitantes. Dividindo esse contingente populacional pela quantidade de mortes – 7.032 -, o resultado é aproximadamente 7.111.
Arredondando-se os números, tem-se uma dramática proporção: de cada 1.000 pessoas que residem no estado, uma perdeu a vida na batalha contra o novo coronavírus em pouco mais de um ano de pandemia.
Riscados do mapa
É como se um município inteiro, como Presidente Médici, na microrregião do Pindaré, que tem 7.015 habitantes, menos do que o número de mortes contabilizadas até agora, fosse inteiramente riscado do mapa. A quantidade de óbitos é mais do que o dobro do número de pessoas que residem em Bernardo do Mearim, cidade menos populosa do Maranhão, com 3.432 moradores, e supera o número de habitantes de 19 dos 217 municipios do estado.
E tudo indica que a elevada curva de letalidade ainda está longe de entrar em queda. A média diária de óbitos está na casa dos 40 – só nos dias 7, 8 e 9 deste mês, foram batidos três recordes consecutivos, com pico de 49 mortes. Ontem, foram confirmados mais 41 óbitos em decorrência da Covid-19, o que levou o estado a ultrapassar a fatídica marca de 7 mil vidas interrompidas pelo novo coronavírus.
São tempos de lamentação por tantas perdas e pela dor das famílias. Por outro lado, é momento de renovar a esperança em melhores dias, amparando-se na vacina produzida pela ciência e na divina misericórdia.