Por pura instransigência, a Gol Linhas Aéreas impediu nada menos do que 15 passageiros de embarcar no Aeroporto Marechal Cunha Machado, em São Luís, em um voo marcado para as 4h45 desta segunda-feira (8), com destino a Fortaleza e conexões. Detalhe: ainda faltavam mais de 40 minutos para a decolagem e nem assim houve bom senso no encaminhamento da questão.
Revoltados, os passageiros prejudicados protestaram no guichê de atendimento da Gol, no saguão. Irredutível, a funcionária da companhia aérea só se limitava a afirmar que seguia regras, dando claros sinais de que não estava disposta a viabilizar solução para o drama dos clientes.
Nem mesmo quando confrontada com o argumento de que quando os atrasos partem da companhia aérea nada é feito para compensar os transtornos dos passageiros, a empregada da Gol demonstrou boa vontade.
Susto, cancelamento e longa espera após pane em voo de Gol na capital maranhense, há um ano
Na tarde 14 de janeiro de 2020, um avião da Gol que partiria de São Luís rumo a Brasília e conexões teve que ser evacuado às pressas quando quase todos os passageiros já haviam embarcado por causa de uma pane até hoje não explicada com transparência. O problema no avião, um Boeing 737-800, assustou as pessoas que se preparavam para viajar e seus familiares. O episódio repercutiu na imprensa local.
Além do dano psicológico, os passageiros foram obrigados a amargar longas seis horas para embarcar em outro voo, com rota diferente e conexão mais demorada. Na época, a Gol se limitou a divulgar uma singela nota de esclarecimento, em que apenas pediu desculpas pelo que chamou de “limitação técnica” da sua aeronave.
Na nota enviada aos passageiros, a Gol deu sua versão para o contratempo que levou ao cancelamento do voo 1735, que faria a rota São Luís-Brasília e conexões, uma delas para Porto Alegre (RS).
Segundo informou a empresa, a aeronave que faria esse trajeto apresentou uma “limitação técnica’, havendo a necessidade de revisão por parte da sua equipe de manutenção. Com isso, a Gol não pode cumprir com o seu compromisso de chegar ao seu destino no horário previsto.
“Pedimos desculpas pelo desconforto causado e ressaltamos que medidas como esta visam garantir a segurança, valor prioritário da companhia”, dizia um trecho da nota.
“Agradecemos a sua compreensão e desejamos que em breve tenha uma nova viagem conosco”, concluiu a empresa.
E foi só!
P.S.: este blog tem pleno conhecimento das normas legais da aviação civil vigentes no Brasil e defende o cumprimento de tais regras. No entanto, se propôs a abordar o fato em razão do número elevado de passageiros que sofreram, simultaneamente, o transtorno de perder o voo e compromissos que em alguns casos eram inadiáveis. O fez também por acreditar que o bom senso e o diálogo devem sempre prevalecer sobre a intolerância.