Com o início das obras da Biblioteca Central, o reitor Natalino Salgado marcou, nesta semana, a passagem de um ano da sua gestão, cujo mandato vai até 2023. O ato não poderia ser mais significativo, visto que a construção foi iniciada em 2012, no seu segundo mandato, e abandonada na gestão que o sucedeu.
Quando passou o comando da instituição, em 2015, para Nair Portela, Salgado deixou um legado como nunca antes visto na história da Universidade, mas não houve tempo de concluir o prédio, embora 80% da obra tenha sido entregue. A previsão é que a nova Biblioteca esteja pronta em 12 meses.
Enfrentando um ano de calamidade provocada pela pandemia do coronavírus, o reitor não só manteve a universidade funcionando normalmente, como buscou meios de continuar obras iniciadas na sua gestão e não concluídas pela sua sucessora, honrar compromissos de campanha e contabilizar novas conquistas.
A UFMA se adaptou ao trabalho remoto, tanto das atividades acadêmicas quanto administrativas, promovendo o avanço tecnológico e o aperfeiçoamento dos seus recursos humanos. Para isso, foi fundamental o investimento feito nos setores de tecnologia da informação e da educação a distância.
Os avanços nos doze primeiros meses de gestão alcançam diversas áreas. A urbanização do Campus de Balsas e a entrega das instalações definitivas à comunidade universitária do município foi uma das primeiras medidas concretizadas.
Com o retorno das aulas presenciais na pós-pandemia, será visível a melhoria na infraestrutura dos câmpus da UFMA, tanto em São Luís, quanto no continente. Adequações há muito reivindicadas por estudantes, que vão da reforma de espaços no Centro Pedagógico Paulo Freire às novas clínicas de odontologia, já compõem um novo cenário.
A UFMA é uma das universidades federais que mais se empenharam para garantir a continuidade das atividades remotamente, a fim de não prejudicar a vida acadêmica de milhares de estudantes. É a terceira instituição de ensino superior do Brasil que mais distribuiu chips de conectividade por dados móveis e é a primeira no Nordeste nesse quesito, com 2.342 chips concedidos aos seus estudantes por meio do programa Alunos Conectados da Rede Nacional de Pesquisa (RNP) do Ministério da Educação.
A gestão da UFMA agiu rápido para preservar a segurança em saúde de técnicos-administrativos, docentes e discentes, decretando a suspensão das atividades, logo no início da pandemia. E conseguiu maior aporte de recursos para o Hospital Universitário no enfrentamento à Covid-19, que abriu 40 leitos de UTI e 98 de enfermaria para atender à população no período de maior pico da transmissão do coronavírus.
A cooperação com setores do Governo Federal, principalmente Ministério da Saúde e da Educação, além de órgãos estaduais e municipais, Tribunal Regional do Trabalho e Associação de Médicos do Maranhão, resultou na aquisição de equipamentos, produtos e EPIs.
Em outra frente, desenvolveu um ousado projeto de extensão fazendo parceria com costureiras da área Itaqui-Bacanga para a confecção de máscaras. Ao promover a geração de renda, trouxe alívio a várias famílias afetadas pela crise econômica advinda com a pandemia.
No momento que mais se fez necessária a presença do profissional de medicina, a gestão motivou formandos a concluírem seus cursos em São Luís, Pinheiro e Imperatriz e a assumirem o importante papel que lhes cabe na sociedade realizando Colação de Grau por web conferência.
A produção científica se fortaleceu com a realização de mais de 30 pesquisas em diferentes áreas, que abordam direta ou indiretamente a pandemia da Covid-19, financiadas por agências de fomento nacionais e estadual.
Diante de um caótico 2020 na face da Terra, o saldo positivo no primeiro ano de Natalino Salgado à frente da UFMA aponta que os tempos sombrios do passado recente começam a dar lugar a uma nova esperança para a universidade reencontrar o caminho do desenvolvimento.