Apenas os vereadores Cézar Bombeiro, Francisco Chaguinhas, Sá Marques, Umbelino Júnior, Estevão Aragão e Marcial Lima se manifestaram pela instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para averiguar a vergonhosa roubalheira superior a R$ 2 milhões com recursos da Covid-19 na Secretaria Municipal de Saúde, descoberta pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria Geral da União (CGU). Os demais vereadores fazem silêncio ou mostram a indiferença diante do comprometimento.
A Operação Cobiça Fatal, deflagrada no último dia 9 pela PF no Maranhão, identificou um rombo superior a R$ 2 milhões na Secretaria Municipal de Saúde, recursos desviados da Covid-19, por meio de licitação viciada e criminosa com superfaturamento para a compra de 320 mil máscaras hospitalares. A PF prendeu três envolvidos, apreendeu farto material na sede da Semus e nas empresas envolvidas. A Justiça Federal determinou, também, a quebra dos sigilos bancários e fiscais dos empresários criminosos e do secretário municipal de Saúde, Lula Fylho.
CGU detalha investigação
Em entrevista concedida ao jornal O Estado do Maranhão, a superintendente regional da CGU, Leylane Maria da Silva, forneceu detalhes bem claros sobre como foi feito o superfaturamento pelos gestores públicos e empresários para desviar dinheiro de combate à pandemia de Covid-19, que já atingiu mais de 12 mil pessoas, com 642 óbitos até o momento.
A superintendente destacou que os gestores públicos e os empresários realizaram, primeiramente, um processo de contratação de 100 mil máscaras hospitalares no dia 30 de março e concluíram a compra no valor de R$ 2,90 o preço unitário, ignorando as propostas de R$ 3,00 e R$ 3,50 constantes no processo. O que levou as autoridades a identificar a operação criminosa foi que, apenas três dias depois, as mesmas pessoas, tanto as ligadas às empresas quanto os agentes públicos simplesmente resolveram incluir outro processo, elevando o preço unitário da mesma máscara hospitalar de R$ 2,90 para R$ 9,90 e fizeram a contratação de 320 mil máscaras, gerando um superfaturamento de mais de 200%.
Uma vez constatados os atos de corrupção, a CGU não teve dificuldade em identificar o superfaturamento, com provas substanciais e irrefutáveis, já que o pagamento já foi efetuado.
Com a quebra dos sigilos bancários e fiscais dos acusados, dentre os quais o secretário Lula Fylho, que foi indiciado no inquérito policial, a apuração dos fatos segue rumo ao desfecho. Não estão descartadas mais diligências e, de acordo com a análise dos documentos apreendidos e dos sigilos bancários e fiscais, é possível que haja novas prisões.
(Informações do Blog do Aldir Dantas)
Esses vereadores com tal atitude mostram que na Câmara municipal ainda existe gente com boas intenções com a coisa pública e não se vendem ao prefeito por algumas ruas asfaltadas. Esses parlamentares merecem por parte da população consciente que vota e não vende voto nossos respeitos.Por favor ,essa luta tem que continuar até que todos sejam afstados,investigados e talvez presos.
A verdade é que com essa legislatura nenhuma CPI será instalada para investigar nenhum indício de falcatruas em nenhuma secretaria da administração de Edivaldo. Eu sempre falo aos meus pares que quem tem vereadores é o prefeito Edivaldo, e não a cidade de São Luís, há tempos percebe-se uma certa aquiescência para tudo o que prefeito faz, coisas que até eu que sou leiga e ignorante consigo captar, e os nossos “nobres” vereadores dormem o sono de Alice, salvo as poucas exceções do legislativo. Espero que nesse próximo pleito, a população que tem direito ao vito possa despachar todos ou mais da metade deles, pois precisamos eleger pessoas novas na política com outras ideias e cujo compromisso seja com a população e a cidade.