A Secretaria de Segurança Pública já vinha monitorando há pelo menos um mês a quadrilha que tentou fraudar as provas do concurso para o preenchimento de diversos cargos nas polícias Civil e Militar e no Corpo de Bombeiros. Mais de 76 mil candidatos se inscreveram no certame, realizado sábado e domingo. A SSP descarta qualquer possibilidade de anulação do concurso, assegurando que a fraude não foi consumada.
Equipes da Superintendência de Investigações Criminais (Seic) e as Superintendências de Polícias Civil da Capital e do Interior foram destacadas para monitorar os passos da quadrilha. Os policiais se anteciparam e 28 pessoas para investigação. Todas estão recolhidas na Centro de Detenção Provisória de Pedrinhas.
Vinte e três pessoas foram presas em São Luís e cinco em Caxias por suspeita de envolvimento na tentativa de fraude. Um professor, identificado apenas como Antônio, seria o cabeça do esquema. O docente teria efetuado inscrição no concurso para a PM e repassaria as respostas das questões a outras pessoas, que desembolsariam de R$ 10 mil a R$ 20 mil.
Atuação
Segundo uma fonte do blog, o bando é oriundo de Pindaré-Mirim e teria dois líderes, um deles identificado apenas como Antônio. De acordo com a fonte, a organização criminosa atua há vários anos fraudando certames no Maranhão e em outros estados do Norte e Nordeste.
A mesma quadrilha teria sido responsável pelo vazamento das provas do concurso da Polícia Militar do Pará, em agosto. Até vizinhos dos fraudadores teriam sido aprovados no certame, mas foram impedidos de assumir os cargos após a descoberta do esquema
Representantes da Secretaria de Segurança e da Fundação Getúlio Vargas, organizadora do concurso, se reuniram na manhã desta segunda-feira. A SSP descarta a possibilidade de anulação do certame, que oferece 2.379 vagas.
Foto: De Jesus/O Estado do Maranhão