Mais de 70 profissionais, entre motoristas, maqueiros, técnicos de enfermagem, recepcionistas, pessoal de limpeza, copa, porteiros, dentre outros, foram demitidos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s) do Araçagi e da Cidade Operária. A demissão em massa deixou em pânicos os servidores e compromete a qualidade de atendimento aos pacientes, que já não é das melhores, segundo comentários internos e externos.
A série de desligamentos de trabalhadores começou no último dia 13, na UPA do Araçagi, cujos funcionários são vinculados ao Instituto de Apoio ao Desenvolvimento da Vida Humana (IADVH), que administra a unidade, por meio de um contrato de terceirização firmado com o Governo do Estado. Nessa data, foram mandados embora, de uma vez só, oito profissionais: dois motoristas, um trabalhador da limpeza, um maqueiro, três recepcionistas e um porteiro. Nos dias seguintes houve mais demissões de servidores de diferentes funções, totalizando 12 rescisões de contratos.
Demissões suspensas
Em meio aos cortes na UPA do Araçagi, um fato chamou atenção: a decisão do IADVH de suspender o desligamento de cinco motoristas que prestam serviço à unidade. Talvez por causa da ampla repercussão negativa da demissão em massa e com receio das consequências negativas para o atendimento, o instituto resolveu reconsiderar a medida.
Na semana seguinte ao início dos cortes na UPA do Araçagi, o mesmo clima de terror tomou conta da UPA da Cidade Operária, onde o IADVH foi substituído por uma empresa de nome Global, que deu início ao enxugamento do quadro de pessoal. Primeiramente, receberam o bilhete azul oito funcionários, entre porteiros, técnicos de enfermagem, enfermeiro, serviços gerais, recepcionistas e até um coordenador. Entre terça (26) e quarta-feira (27), houve mais 14 demissões, que atingiram funcionários dos setores de higienização, recepção, da copa e da portaria. Do primeiro dia até agora, os desligamentos chegam a 60, em todas as funções, segundo uma fonte do blog.
Segundo pacientes e alguns servidores, que preferem não se identificar por medo de represália, o corte de pessoal já está prejudicando o atendimento. Os trabalhadores denunciam, ainda, que os demitidos não estão recebendo seus direitos trabalhistas.
Até o momento, o Governo do Estado continua sem se manifestar sobre as demissões em massa nas UPA’s.