Matéria publicada pelo jornal Gazeta do Povo, de Curitiba (PR), com informações sobre gastos dos 81 senadores brasileiros no primeiro semestre deste ano revelou que Weverton Rocha (PDT), eleito para a Câmara Alta com quase 2 milhões de votos, em 2018, usou verba pública destinada ao seu mandato para bancar até um chá de penela. O levantamento, feito pelo jornalista Lúcio Vaz, cita outro senador do Maranhão, Roberto Rocha, o quinto da lista de maiores gastadores.
A reportagem, veiculada no último dia 11, relacionou despesas dos senadores com autopropaganda, consultorias, escritórios nos estados, passagens aéreas, viagens internacionais, combustível, aluguel de carros e aviões e correios. Mas também listou gastos atípicos, como o que bancou o chá de panela promovido pelo gabinete de Weverton Rocha. Sobre o pedetista, homem forte da política do Maranhão, o jornal paranaense registrou o seguinte:
“O novo Senado também oferece materiais de copa e cozinha para os gabinetes. Alguns senadores novatos esbanjaram um pouco mais. O ‘chá de panela’ do senador Weverton (PDT-MA) aconteceu no mês de abril, quando solicitou ao Senado louças, talheres e outros utensílios no valor de R$ 2 mil. Ele completou o estoque em maio. Ao todo, foram 60 xícaras, 36 pratos e 78 copos de vidro, além de talheres, jarra inox, porta copo, garrafa térmica. Só as xícaras custaram R$ 780.”
Outro Rocha
Os gastos do senador Roberto Rocha (PSDB-MA) já somam R$ 251 mil, sendo R$ 173 mil do “cotão”. Ele gastou R$ 83 mil com escritórios de apoio em São Luís e Imperatriz e R$ 68 mil em viagens internacionais. Numa delas, a Washington, falou sobre a “Perspectiva congressional da relação espacial Brasil-EUA”. Esteve também em uma feira de alimentação em Bangkok, Tailândia, onde apresentou a empresários as “potencialidades para investir no Maranhão”.
Roberto Rocha afirmou que gastou R$ 36 mil para aluguel do escritório de representação política de São Luís. Sobre vigilância do escritório na capital maranhense, disse que gastou R$ 35 mil na contratação de dois seguranças, que se revezam em turnos a cada 12 horas. O contrato inclui monitoramento eletrônico e câmeras de segurança.
No total, os gastos dos senadores, alguns considerados assombrosos, somaram R$ 12 milhões aos cofres públicos nos primeiros seis meses deste ano.
[…] Por Daniel Matos […]