Mais de 3,5 mil pacientes de câncer podem ficar sem atendimento em hospital de Imperatriz por causa de calote aplicado por Flávio Dino

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Hospital São Rafael acusa governo Flávio Dino de calote

Mais de 3,5 mil pacientes podem deixar de ser atendidos mensalmente na área ONCOLÓGICA em Imperatriz em em toda a Região Tocantina. Os doentes fazem tratamento no Hospital São Rafael, que recentemente pediu a rescisão do contrato firmado com o Sistema Único (SUS), via Secretaria de Estado da Saúde (SES) alegando que não vem recebendo do Governo do Estado os recursos referentes aos serviços prestados.

O hospital mantém contrato com SUS para atender a demanda de pacientes de câncer em sua Unidade de Oncologia há 13 anos.

A instituição de saúde argumenta que a medida drástica foi tomada em razão das inúmeras tentativas de negociação com a SES, com o intuito de realinhar o contrato para viabilizar os serviços prestados e reaver os atrasos nos pagamentos.

A busca frustrada pelos recursos ocasionou um déficit ao hospital, sem que haja resposta da SES, apesar das promessas de quitação já feitas.

O Maranhão tem três centros de tratamento de oncologia público que atende todo o Estado, sendo dois em São Luiz e um em Imperatriz. A Unidade Oncológica do Hospital São Rafael realiza atendimento a toda Região Sul e Tocantins, atingindo 43 municípios. Frisamos que lamentavelmente, sem estes atendimentos necessários essa população ficará desassistida, devendo ser realizados em São Luís.

A unidade se tornou referência no tratamento do câncer na região Sul do Estado mesmo com atrasos nos repasses dos pagamentos devidos e quatro anos sem qualquer reajuste contratual. Nos orgulhamos dos serviços por nós prestados e de todas as conquistas que trouxemos para a cidade de Imperatriz e para a Região Tocantina e, principalmente, para a população assistida durante todos estes anos.  

Audiência

O promotor de justiça com atuação nas questões de saúde, Newton Bello Neto, ao ser notificado da decisão do hospital, agendou para essa sexta-feira (14) uma audiência com o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula. O representante do Ministério Público do Maranhão tentará mediar acordo entre a instituição de saúde e o Governo do Estado para que sejam liberados os pagamentos atrasados à unidade e reajustados os valores do contrato SES-UNACON-Imperatriz.  

A Associação de Amparo aos pacientes de câncer da Região Tocantina (Ampare) também foi notificada sobre o distrato e prontificou-se a tomar medidas junto à população da região para que haja a continuidade dos atendimentos, tão necessários à população.

Entretanto, vale ressaltar que o Hospital São Rafael tem interesse de continuar a prestar serviços aos pacientes oncológicos, uma vez que sabe da necessidade da população local, desde que o Estado viabilize financeiramente os atendimentos

A unidade anuncia que manterá os atendimentos pelos próximos 90 dias. A partir do dia 5 de setembro deste ano, se não houver o realinhamento do contrato com o Governo do Estado, deixará de prestar assistência aos pacientes.

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