A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) está monitorando pesquisas acadêmicas que visam à produção de biocombustíveis no Maranhão. Responsável, entre outras atribuições, por salvaguardar tecnologias desenvolvidas no país, o órgão, vinculado ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, quer garantir que os conhecimentos produzidos no estado não caiam em mãos erradas, tendo em vista a cobiça que essa nova fonte de energia tem despertado no planeta.
Na última segunda-feira (15/09), os técnicos da Abin Ricardo Queiroz e Mauro Yamaguchi (foto) se reuniram com pesquisadores e com o reitor da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), José Augusto Oliveira, para conhecer os experimentos acadêmicos que estão sendo realizados pela instituição de ensino nessa área. Na ocasião, obtiveram explicações detalhadas sobre o trabalho desenvolvido pela Rede Maranhense de Biodiesel (RemaBio) e sobre os projetos realizados pelo Núcleo de Biocombustível da Uema (UemaBio).
O assunto foi tratado como mais uma reunião de rotina pela Assessoria de Imprensa da instituição, que deu tom ameno ao encontro. Mas, o certo é que a reunião teve um objetivo muito mais sério.
Previamente informada de que o Maranhão apresenta condições naturais (solo e clima) altamente favoráveis para a produção de biocombustíveis em escala industrial, a agência certamente confiou aos seus técnicos a missão de conferir in loco esse potencial e alertar aos pesquisadores sobre a importância de protegê-lo da voracidade internacional.
Portanto, o interesse da Abin vai muito além de manter uma relação amistosa com a Uema e seus pesquisadores e é isso que deve ser passado à sociedade.
Foto: Ascom Uema