Segurança só na propaganda

6comentários
Central de atendimento do Ciops, foco de caos na Secretaria de Segurança Pública

A realidade da segurança pública do Maranhão é bem diferente da propaganda bancada a peso de ouro pelo governo Flávio Dino (PCdoB) com dinheiro do contribuinte. Enquanto a publicidade palaciana alardeia que 1.200 novos policiais militares foram nomeados para atuar no combate ao crime, trabalhadores lotados na central telefônica que aciona as guarnições para atender vítimas de violência e no Disque Denúncia, ferramenta de extrema utilidade para elucidação de crimes, não recebem salários há dois meses e são ameaçados de demissão todos os dias caso faltem ao serviço. A situação expõe uma das muitas contradições que marcam a gestão comunista, que prefere gastar milhões com ações midiáticas a concretizar as melhorias que o povo tanto precisa.

Os teleatendentes do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops), que amargam o descaso desde o início do atual governo, estão sem vencimentos e sem qualquer previsão de quando o problema será resolvido. O mesmo acontece com o pessoal do Disque Denúncia. A alegação é de que a Secretaria de Estado de Planejamento e Orçamento (Seplan) não vem repassando à Secretaria de Segurança Pública (SSP) os recursosa destinados ao pagamento das parcelas contratuais. A desordem financeira dá margem a diversas suposições, uma delas a de que o Estado já começa a enfrentar dificuldade para quintar compromissos com fornecedores, inclusive os que prestam serviços essenciais.

Nem mesmo a recente contratação de uma nova empresa para administrar as plataformas telefônicas do Ciops, responsável, também, pelas chamadas ao Corpo de Bombeiros, e do Disque Denúncia resolveu o problema crônico de má gestão das duas centrais. Pelo contrário, com base no relato dos servidores, que se negam a sair do anonimato por medo de represálias, a situação piorou para os profissionais que se revezam no atendimento das chamadas.

Pelo menos um quesito comprova o agravamento do caos: o transporte dos teleatendentes, que na vigência do contrato anterior era fornecido pela própria empresa. Agora, com a contratação de uma nova terceirizada, os servidores voltaram ao antigo sistema de vales, fornecidos sempre com atraso, situação que se repete agora. E apesar da pendência, a ordem expressa transmitida aos servidores é que não faltem ao trabalho, sob pena de advertência ou até mesmo demissão. Apesar de insatisfeitos e na base do sacrifício, os operadores mantêm a rotina, sem a menor perspectiva de quando suas remunerações serão finalmente creditadas.

Os operadores do Ciops são duplamente massacrados em razão da negligência do governo com a segurança, um dos setores primordiais de qualquer gestão. Além de não receber seus salários em dia, são obrigados, muitas vezes, a pagar passagem com dinheiro, emprestado ou mesmo doado por parentes e amigos sensibilizados por vê-los penando tanto. Trabalhando praticamente de graça, os servidores denunciam a situação dramática em que vivem, sem recursos para se alimentar e pagar despesas como aluguel, escola dos filhos, contas de água e de luz, ou seja, empurrados pela mão omissa do Estado à condição de extrema pobreza.

A mesma terceirizada que opera o Ciops e o Disque Denúncia fornece mão de obra para as áreas administrativas da SSP. Portanto, a pendência financeira com a empresa compromete a rotina da SSP, que mantém em seus quadros funcionários insatisfeitos, com nenhum estímulo para produzir. É o caos tomando conta da segurança pública do Maranhão. Mas a propaganda comunista mostra o contrário.

Editorial publicado nesta quinta-feira em O Estado do Maranhão

6 comentários para "Segurança só na propaganda"


  1. Anônimo

    A mais pura verdade trabalho infelizmente no setor a até hoje 2 de agosto não recebemos nem o vale transporte. Está muito complicado!. Parabéns pelo texto que retratou a indignação dos colaboradores do tele-atendimento.

  2. ANÔNIMO

    Daniel,você foi muito feliz na postagem que fez no seu blog,retratou a mais pura realidade que vivemos aqui.porém,esqueceu de citar o nome dessa empresa vagabunda que presta serviço no ciops,sinceramente eu hoje me arrependo das vezes que falei mal da antiga empresa, ela podia atrasar, mas pelo menos nos apanhava em casa e nos deixava de volta. essa capellery, além de não pagar os nossos salários, também não paga os nossos vales transportes, nos fazendo pedir dinheiro emprestado pros outros pra poder vir pro serviço. o dono dessa empresa, um tal de layones, cansou de dizer aqui pra nós, que tinha dinheiro em caixa pra pagar até três meses se salários, sem precisar receber da secretaria. Só mentira desse vagabundo, mentiroso. E ainda vem pra cá com aquela viadagem toda dizer que quem faltar serviço vai ser demitido, esse pilantra.

  3. Ex colaboradora

    Isso nunca vai mudar.. esses bando de empresarios porcos e nojentos, com seus carros de luxo e pousadas,. Casas de praia. Enqnto país de família lutam pelo seu sustento.

  4. CICERA SILVA

    Sou ex funcionaria do CIOPS, passei por varias empresas, pois sou uma das mais antigas tele atendentes. Mais pelo que ouço falar essa CAPELLERY,é pior que a SUPRITECH, pelo menos qd iamos na antiga empresa, eramos bem tratados, mesmo com todos os problemas tinhamos um local onde eramos recebidos.Ainda cheguei a ser chamada pra trabalhar na CAPELLERY,mas qd vi o local onde funciona a empresa, desistir na mesma hora, vi logo que aquilo ali não era empresa com estrutura pra segurar um contrato igual o do CIOPS.

  5. anônimo

    belo relato. falta esclarecer que alem do salario ser pouco, temos o pior salario do brasil no setor do órgão do disque denuncia que nem o auxilio perigosidade nós temos. sem contar que no contra chegues vem um valor médio com uma quantidades de descontos absurdos.turno da manhã chega a receber um valor aproximadamente de 700 reais e noite 940 com um auxilio transporte “inexplicável” de 100 reais na qual não dar pra quaro dias. para completar está mudando a garga horário dos funcionários evitando de que façam bicos para levar o pão de cada dia pra casa. ainda dizem que a ordem e do secretario.

  6. anônimo

    pior salário do brasil mal pago a um funcionário do disque denuncia que não tem nem o auxilio de perigosidade sem plano de saúde cheios de descontos inexistente. com salários de 700 reais no turno da manhã e 900 no turno da noite que tem uma merreca de auxilio transporte de 100 reais que não vale quatro dias quem dirá um mes. com tudo isso acontecendo pretendem prejudicar mais ainda fazendo com que os funcionários evitem de conseguir um extra para chegar no trabalho fazendo com que trabalhe em horários alternados fazendo com que evitem o extra e peça demissão

deixe seu comentário

Twitter Facebook RSS