O governador Flávio Dino (PCdoB) tem alternado mensagens de ódio, autopromoção e dissimulação nas redes sociais. A postura do comunista deixa claro o seu desespero com a proximidade do pleito e com a incerteza sobre a renovação do seu mandato. Com a reeleição ameaçada pelo índice crescente de rejeição ao seu nome, Dino montou uma farsa, baseada em acusações diárias a adversários políticos, em auto-elogios e em afagos no povo que não convencem, tamanha a falta de naturalidade dos gestos mal ensaiados pelo marketing palaciano.

Em uma de suas últimas postagens raivosas. Flávio Dino faz referência às “três famílias” que, segundo ele, “mandaram no Maranhão, acusando-as de “inventar mentiras e agredi-lo com seu império midiático”. Destilando seu ódio extremo, o comunista atribui aos rivais a tentativa de pressionar a Justiça com coisa absurdas. E diz que será assim todos os dias, até 7 de outubro. Dino encerra seu desabafo virtual lamentando a postura dos rivais, prevendo ataques até o dia da eleição.

O discurso pode ser interpretado como uma manifestação cínica de um governante que não hesita em massacrar seus opositores com toda a força da máquina pública, inclusive com o uso das instituições policiais para espionar adversários políticos, líderes comunitários e até membros do Poder Judiciário e do Ministério Público, conforme denunciado pelo deputado estadual Sousa Neto (PRP), com base em uma circular assinada por um oficial de alta patente da Polícia Militar. O episódio gerou ampla repercussão e levou a PM a instaurar uma sindicância para apurar os fatos, cujo resultado o Palácios dos Leões tenta omitir.

Quando o assunto é autopromoção nas redes sociais, Flávio Dino tem se mostrado um verdadeiro mestre. Um exemplo foi a propaganda da reforma da Barragem do Bacanga, iniciada no primeiro ano do governo comunista e jamais concluída. Em postagem no Instagram, em 2 de novembro de 2016, o governador se superou como farsante, com a intenção de se beneficiar politicamente. Além de tentar fazer crer que a execução da obra foi uma iniciativa própria da sua gestão, anunciou que o serviço estava sendo finalizado. Duas mentiras simultâneas, pois a recuperação da barragem foi ordenada pela Justiça e até hoje não foi inaugurada.

Com a eleição batendo à porta e a necessidade de reverter o desgaste que atraiu para si em quase três meses e meio de mandato, Flávio Dino vem exercitando uma nova faceta do seu populismo barato: o apego ao povo, à custa de altas doses de fingimento. Orientado por seus marqueteiros, o comunista distribui beijos e carícias a populares a cada aparição pública sua, forçando uma simpatia que nunca fez parte do seu estilo de homem público.

Imagens do governador com crianças no colo também são propagadas com frequência pela comunicação palaciana e pelo próprio Flávio Dino, artimanha midiática tão antiga quanto inadequada á figura sisuda, rancorosa e azeda do comunista.

Mesmo com todo o aparato de marketing associar a Flávio Dino a imagem ilusória de líder afetuoso e carismático, até a mais pura das inocências e o menos instruído cidadão percebem que estão diante de um político apegado ao poder, disposto a qualquer sacrifício para não perdê-lo.