Comemoração terá, ainda, blocos afro, bloco tradicional, tambor de crioula, boi de zabumba e shows com artistas oriundos do bairro
A comemoração do centenário da Liberdade começa hoje e prossegue por todo o fim de semana, com animação e diversidade cultural. Um culto ecumênico marcará a abertura da programação, seguido de batidas de caixa, cacuriá, maracriola, seresta, bumba boi de orquestra e outras atrações, com ênfase para a valorização da cultura maranhense.
O principal destaque da segunda noite de programação festiva será o Boi da Maioba, uma das manifestações folclóricas mais expressivas do Maranhão. O batalhão fará troar suas matracas e pandeirões à meia-noite, tornando ainda mais grandiosa a comemoração, que prossegue até domingo (27).
O palco da festa é o Viva Liberdade, caprichosamente preparado pela comunidade para receber os artistas, boa parte oriunda do próprio bairro, como Robson Garcia e Tássia Campos, e grupos culturais, a exemplo do Boi de Leonardo, um dos mais tradicionais do sotaque de zabumba no estado.
Mobilização popular
Vereador de São Luís, líder comunitário e morador da Liberdade há mais de 40 anos, o servidor público Cézar Bombeiro destaca a mobilização popular incansável que antecedeu a celebração da data, tão significativa para o bairro, muito mais conhecido pelo alto índice de pobreza e pela violência acentuada que marcam o seu cotidiano do que pelos talentos artísticos que sempre produziu. “Com certeza, é um marco para toda a nossa comunidade poder festejar o centenário em clima de festa e, acima de tudo, valorizando a cultura do Maranhão”, salientou.
A definição do dia 25 de maio como data de fundação da Liberdade se deu por meio de pesquisas e informações de moradores, que relembram importantes dados deixados por parentes, muitos dos quais identificados pelas pesquisas. Tais informações tornaram-se referências para o projeto de lei de autoria do vereador Cézar Bombeiro, aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal de São Luís, oficializando a data como aniversário do bairro.
Programação
Sexta-feira (25/05)
18h – Culto ecumênico
19h – Caixa de Dona Rosa
19h30 – Cacuriá Assacana
20h20 – Maracriola de Nelsinho
21h – Seresta com Som Costa
22h – Boi Novinho Branco
23h – Mano Tropical
00h – Tássia Campos
01h – Moisés Dias
Sábado (26/05)
15h – Bloco afro Aiyéyé Maylô
16h – Bloco tradicional Os Guerreiros
17h – Bloco afro Akomabu
19h – Tambor de Crioula Leonardo
20h – Tássia Campos
21h – Moisés Dias
22h – Robson Garcia
23h – Boi de Leonardo
00h – Boi da Maioba
Domingo (27/05)
14h – Sambacana
15h – Negro Jó
16h – Bloco afro Abanjá
17h – André Ramos
18h – Discotecagem Reggae
É indiscutível a vocação do bairro pelas manifestações culturais e populares de nosso estado, justamente por isso nota-se o apelo condicional da classe política em torno de um apoio a essas manifestações como se eles fossem seus grandes fomentadores. Há em torno desse centenário uma “briguinha” política que nasce da incompetência e incapacidade das chamadas lideranças do bairro,sempre atreladas aos grupelhos políticos e aproveitadores de plantão. Neste momento a praça “Mario Andreazza” é só festa, mera cortina de fumaça com objetivo de esconder o abandono pelo qual é “condenado” o nosso querido e sofrido bairro da Liberdade. Da juventude entregue nas mãos do tráfico que chega a “impor as suas leis” aos velhos desassistidos por políticas públicas; no prédio onde nasceu o bairro “opera” uma escola municipal caindo aos pedaços; onde era o antigo posto de saúde do bairro,funciona ou “não funciona” uma associação inútil e das praças esportivas, uma é dos traficantes e a outra foi destruída inexplicavelmente pela prefeitura e agora está nas mãos dos “usuários” (viciados), verdadeiro “tapa na cara” do cidadão. A Liberdade pede Socorro, seus cidadãos e suas histórias centenárias só tem motivo pra festejar por causa da sua própria coragem de lutar pelo dia-a-dia no peito e na raça, independente do poder público e daqueles que tentam “crescer” a custa do seu suor.