Estudantes da rede pública de Paço do Lumiar residentes no bairro Tendal, na localidade Mojó, percorrem, de ônibus, todos os dias, uma estrada de lama para ir e voltar da escola. Muitas vezes, as viagens são interrompidas porque os coletivos atolam e os alunos são obrigados a percorrer o resto do trajeto a pé, em meio a um denso lamaçal. Na campanha à Prefeitura, em 2016, o então candidato Domingos Dutra (PCdoB), com o aval do governador Flávio Dino (PCdoB), seu aliado e principal patrocinador, prometeu recuperar a estrada por meio do programa “Mais Asfalto”. Passado quase um ano e meio desde que Dutra assumiu o mandato, a via continua do mesmo jeito, escancarando mais uma enganação do grupo comunista, para desgosto do povo.
Quando chove, a situação torna-se ainda mais crítica e fica praticamente impossível cumprir o percurso de ônibus, o que prejudica a frequência dos estudantes às aulas. Portanto, não se trata apenas de um problema de infraestrutura, mas também de um atentado contra a educação, da negação do direito constitucional ao ensino.
As imagens de estudantes descendo dos ônibus no meio da lama, atolando-de os pés, e dos ônibus se locomovendo aos solavancos sobre a mistura de barro e água são frequentes. Cansada de apelar ao prefeito pelo cumprimento da promessa de campanha, a população demonstra não ter mais esperança de que será atendida.
Totalmente alheio ao clamor do povo, Domingos Dutra e Flávio Dino parecem muito mais preocupados com a eleição de outubro. O primeiro concentra todos os esforços na montagem de uma megaestrutura para a campanha da esposa, Núbia Feitosa, que disputará vaga na Assembleia Legislativa. O segundo azeita a máquina do Estado e abusa da cooptação na corrida pela reeleição.
Enquanto esquecem os compromissos que firmaram com o povo, o prefeito luminense e o governador investem pesado em seus respectivos projetos de poder, agravando ainda mais o descaso que vem marcando suas gestões, alvos de crescente desgaste e rejeição popular.