Baleia encalha e morre no leito do Rio Mearim, em Arari

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O animal trata-se de um indivíduo macho ainda jovem, medindo 8,20 m de comprimento. A espécie não pode ser identificada através da anatomia do animal em função da decomposição avançada

Segundo pesquisadores do Instituto Amares, o animal trata-se de um indivíduo macho ainda jovem, medindo 8,20 m de comprimento

O encalhe de uma baleia no povoado São Domingos (Curral da Igreja), em Arari, foi comunicado por moradores locais à Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Arari (Sematec), na manhã de sexta-feira (26). Tão logo recebida a informação, a Sematec notificou o Instituto Amares, organização não governamental responsável pelo atendimento a encalhes de mamíferos marinhos no estado do Maranhão.

Os pesquisadores acompanhados dos técnicos da SEMATEC/Arari, dirigiram-se até o local do encalhe para coleta de dados e amostras do animal que já se encontrava morto.

Segundo pesquisadores do Instituto Amares, o animal trata-se de um indivíduo macho ainda jovem, medindo 8,20 m de comprimento. A espécie não pode ser identificada através da anatomia do animal em função da decomposição avançada e a posição de encalhe em que se encontrava, a qual encobriu partes corporais essenciais nesse processo. Contudo, amostras biológicas foram coletadas e a mesma será realizada através de análise genética.

A bióloga Nathali Ristau, presidente do Instituto Amares, relembra que esse não foi o primeiro evento de encalhe ocorrido na região. Em dezembro de 2015, um boto-cinza (Sotalia guianensis), pego em rede de pesca, foi resgatado pela equipe após comunicação realizada pelo secretário de Meio Ambiente, Jocei Ribeiro. Nathali ressalta ainda a importância de parcerias entre a iniciativa pública e privada, como a existente entre o Instituto e a Sematec, pois graças à comunicação e o apoio realizado pela secretaria, o atendimento pode ser realizado.

Segundo a bióloga, a ONG Amares que tem reconhecimento nacional e internacional no atendimento a encalhes no estado do Maranhão, é membro da Rede de Encalhes e informação de mamíferos aquáticos do Brasil (REMAB) e as informações obtidas nesses atendimentos integra um banco de dados nacional sobre essas espécies e contribui para o melhor entendimento não só dos encalhes, mas também para pesquisas futuras.

Além disso, mesmo já mortos, o material coletado nos encalhes compõem o acervo didático e científico do Instituto, o qual é utilizado por estudantes de graduação e pós-graduação, além de Educação Ambiental. Uma exposição com esqueletos de várias espécies de mamíferos aquáticos está sendo montada pelo Instituto e em breve estará disponível para visitação.

O Instituto Amares recebe informações através do Disque-encalhe (98 98836-1717), pelo Instagram @institutoamares e e-mail: [email protected]

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