O governador Flávio Dino (PCdoB) deu mais uma prova de que a ordem na gestão comunista é banir – ou isolar, em caso de estabilidade funcional – qualquer servidor que tenha afinidade pessoal, mesmo que distante, com o principal grupo político adversário. Na edição do Diário Oficial do Estado do último dia 10, foi publicado o ato de exoneração do agora ex-supervisor de Acompanhamento e Controle de Fundos Federais da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Lehon Barros Amorim de Sousa, que vem a ser tio do genro da ex-governadora Roseana Sarney, Gustavo Amorim.
Lehon Barros Amorim assumiu o cargo que ocupava até 15 dias atrás em 2015, logo no início do atual governo. É irmão do falecido ex-desembargador Leomar Barros Amorim, pai de Gustavo, que é casado com Rafaela, filha única de Roseana e Jorge Murad.
A demissão do gestor foi assinada pelo secretário de Estado da Casa Civil, Marcelo Tavares, e pelo secretário de Estado da Educação em exercício, Williandckson Azevedo Garcia, em plenas férias do titular da pasta, Felipe Camarão.
O ex-supervisor atua como empresário nos ramos da educação e da suinocultura. Também foi vereador em Itapecuru-Mirim, terra natal da sua família, pelo PV, de 2004 a 2008.
Nos governos de Roseana Sarney, foi diretor e superintendente de Educação do Estado para a região de Itapecuru-Mirim, atuando como gestor da área em um pólo que abrange 17 municípios.
Com vasta experiência empresarial e na vida pública, Lehom Barros Amorim tem todas as credenciais para colaborar com qualquer governo. Mas, pelo parentesco consanguíneo que o aproxima do grupo opositor, já não serve mais para os comunistas, sobretudo em ano eleitoral.