A população de São Luís sofre há mais de uma semana com o desabastecimento generalizado de água, iniciado no último dia 6, e prolongado por tempo indeterminado após um erro técnico da Caema durante uma intervenção no Sistema Italuís, que provocou um colapso em uma peça e um vazamento na nova adutora. Resultado: o serviço, em vez de viabilizar o bombeamento de água do Rio Itapecuru pela nova tubulação, retardou ainda mais a substituição da estrutura, levando ao sétimo adiamento da inauguração da obra só no governo comunista de Flávio Dino.
Em diversos bairros, a água ainda não voltou às torneiras, mesmo após a religação da antiga adutora, o que obriga milhares de cidadãos a passar o dia carregando baldes, latas, galões e outros recipientes para abastecer suas casas e assim atender as necessidades básicas, como tomar banho e manter a higiene do lar.
Dos 159 bairros afetados pela seca causada, a princípio, por uma obra no Italuís e, posteriormente, pela pane decorrente do vazamento na adutora, dezenas de milhares de famílias seguem sem água. O que se vê nesses núcleos populacionais, a maioria situada na periferia da cidade, são verdadeiras procissões de crianças, adultos e até idosos carregando todo tipo de vasilha, em busca do líquido vital, e escasso, desde a semana passada.
Como de costume, o governador Flávio Dino tentou terceirizar a culpa pelo colapso no Italuís. O comunista chegou a insinuar que houvera sabotagem e, de pronto, acionou uma equipe policial para periciar a peça danificada. Cúmulo da desfaçatez de um gestor que tenta, a todo instante, mascarar sua incapacidade, atribuindo aos outros falhas que são de sua inteira responsabilidade.
Lamentavelmente, a lambança cometida pela Caema, sob as diretrizes do Palácio dos Leões, foi um duro golpe na população, vítima da mais nociva incompetência. O episódio foi só mais um dentre tantos outros a demonstrar que falta aptidão no atual governo para realizar obras de maior complexidade, mas sobra talento para dissimular e perseguir quem não aprova os métodos nefastos palacianos e os confronta com a verdade.