Delegado da PF confirma que desvio de R$ 18 milhões da Saúde ocorreu só no governo Flávio Dino

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Viaturas da Polícia Federal na Secretaria de Saúde, alvo de devassa da Operação Pegada (Foto: Paulo Soares/O Estado)

Em entrevista coletiva concedida na manhã desta quinta-feira (16), o delegado da Polícia Federal Wedson Cajé, confirmou que o desvio de R$ 18 milhões da Secretaria de Estado da Saúde (SES) investigado pela Operação Pegada, 5ª fase da Operação Sermão aos Peixes, ocorreu apenas no governo Flávio Dino (PCdoB). Ainda segundo o delegado, o saque ao erário continuou nos anos de 2016 e 2017, ou seja, ao longo de toda a gestão comunista.

Delegado Wedson Cajé disse que os desvios ocorreram apenas no atual governo e lamentou que tenham continuado no dois anos seguintes

Emissora oficial do Governo do Estado, a Rádio Timbira AM questionou se o governo passado tinha algum envolvimento no crime, mas o delegado foi taxativo ao afirmar que o resultado da investigação refere-se a irregularidades apuradas apenas na atual gestão. “Os desvios ocorreram em 2015 e, infelizmente, prosseguiram nos dois anos seguintes”, declarou Wedson Cajé.

A Operação Pegada foi deflagrada a partir da constatação de que uma enfermeira do Estado, identificada como Keliane Silva, residente em Imperatriz, que seria ligada ao secretário de Estado da Comunicação Social e Assuntos Políticos, Márcio Jerry, ganhava um super salário, graças ao apadrinhamento. De posse do contracheque da servidora, a PF constatou que ela recebia mensalmente nada menos do que R$ 13 mil, valor muito acima da remuneração paga às demais profissionais lotadas na mesma função, de R$ 3 mil, em média.

Sorveteria

Outra grave irregularidade detectada pela PF diz respeito a uma sorveteria transformada do dia para a noite em empresa de prestação de serviços médicos, com contrato milionário com a pasta da saúde estadual. A investigação descobriu que entre março e junho de 2015 a referida empresa emitiu mais R$ 1,2 milhão em notas fiscais frias para justificar o repasse ilegal de dinheiro público aos seus cofres.

Prisões

Rosângela Curado, que já chegou a exercer mandato de deputada federal, foi presa

Na Operação Pegada, estão sendo cumpridos 17 mandados de prisão temporária. Entre os detidos está a ex-subsecretária de Estado da Saúde e candidatada derrotada a prefeita de Imperatriz na última eleição, Rosângela Curado, apontada como cabeça do esquema. Ligada ao deputado federal Weverton Rocha (PDT), de quem é suplente, ela mantinha servidores em cargos estratégicos para possibilitar os desvios.

Foram presos, ainda, dois servidores do SES. Um deles é o diretor do Servido de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em Coroatá, Mariano de Castro Silva. Também teria sido detida a funcionária identificada como Jamile, que teria substituído a advogada Alana Coelho Lopes Almeida, após um desentendimento com o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, com quem teria vínculo. Detalhe: mesmo afastada da função, Alana continuou recebendo o polpudo salario de R$ 9 mil.

A Justiça Federal também expediu 28 mandados de busca e apreensão em São Luís/MA, Imperatriz/MA, Amarante/MA e Teresina/PI, além do bloqueio judicial e sequestro de bens no total de R$18.000.000,00.

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