Balística não identifica procedência da arma usada para matar Décio

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Pistola achada em duna com auxílio de Jhonatan não teve procedência indetificada devido à raspagem da numeração

O diretor do Instituto de Criminalística (Icrim), Carlos Henrique Roxo, apresentou na manhã desta quarta-feira o resultado do exame de comparação balística da pistola .40 encontrada no último dia 5, em uma área de dunas, na Avenida Litorânea, apontada como a arma usada pelo pistoleiro Jhonatan de Sousa Silva para executar o jornalista Décio Sá. Segudo Roxo, a raspagem da numeração da pistola tornou impossível a identificação de sua procedência com os recursos tecnológicos de que dispõe o Icrim do Maranhão.

“Todas as possibilidades de identificar a procedência da pistola com os recursos que temos estão esgotadas”, sentenciou o diretor do Icrim. “A pessoa que raspou a numeração da arma o fez com a intenção de prepará-la para a prática do crime”, assegurou Roxo, acrescentando que outras 20 pistolas foram periciadas por sua equipe com o intuito de identificar de forma precisa a que foi usada para matar o jornalista.

Após a perícia, a pistola foi devolvida à Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), que deverá tomar outras providências para tentar identificar sua procedência. “Agora, a Seic deverá encaminhar a arma para um centro mais avançado, talvez Brasília ou Rio Grande do Sul”, cogitou o diretor do Icrim.

A pistola foi encontrada graças à indicação feita pelo próprio Jhonatan, que assim desmentiu versão anterior dada por ele próprio à polícia de que a havia jogado no mar quando viajava de ferry-boat de volta ao Pará, três após ter assassinado Décio. O pistoleiro apontou o trecho de duna onde provavelmente havia enterrado a arma, localizada pelos peritos com o auxílio de um detector de metal.

O jornalista Décio Sá foi assassinado com cinco tiros na noite de 23 de abril, no bar Estrela do Mar, na Avenida Litorânea. Sete das oito pessoas presas por suspeita de envolvimento no crime continuam detidas. Uma delas é o ex-subcomandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar, Fábio Aurélio Saraiva Silva, 36 anos, que segundo as investigações teria cedido a arma para a prática do assassinato.

Na última sexta-feira, a Justiça, atendendo solicitação da Secretaria de Segurança Pública, prorrogou a prisão temporária dos envolvidos por mais 30 dias.

Décio Sá, 42 anos, era repórter da editoria de Política do jornal O Estado do Maranhão, onde trabalhava há 12 anos, e mantinha o blog jornalístico mais acessado do estado.

Foto: Biné Morais/O Estado do Maranhão

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