A polícia encontrou na tarde desta quinta-feira, em um morro na Avenida Litorânea, a pistola .40 usada pelo pistoleiro Jhonatan Silva de Sousa para assassinar o jornalista Décio Sá. A localização ocorreu durante mais uma etapa da reconstituição do crime, novamente com a participação do assassino, que apontou o local exato onde havia deixado a arma na fuga pelas dunas.
A pistola estava enterrada na areia em uma área de vegetação. O achado desmente a versão inicial, relatada por Jhonatan à polícia, de que a arma havia sido jogada no mar quando o pistoleiro atravessava a Baía de São Marcos, de ferry-boat, alguns dias após o crime, ocorrido em 23 de abril, no bar Estrela do Mar.
Assim como na última terça-feira, o assassino voltou a sorrir em alguns momentos da reconstituição. Ele chegou a advertir aos policiais e peritos que a pistola ainda tinha uma bala no pente.
Peritos do Instituto do Criminalística (Icrim) que acompanharam os trabalhos recolheram a arma para análise.
Foto: Biné Morais/O Estado do Maranhão
A polícia não vive de confissões. mesmo diante de uma confissão, a polícia tem que comprovar tudo que foi dito pelos criminosos. Quando o criminoso confessa, é porque já se rendeu diante de todas a provas apresentadas a ele. No caso da arma, diante da impossibilidade de negar a autoria e circunstancias do crime, Jonhatas teve que optar por esclarecer mais esse fato, o local onde havia deixado a arma. Isso só comprova que ele, de fato, participou de tudo e deve saber de mais coisas que ainda não disse.