Familiares de detentos que cumprem pena no Complexo Penitenciário São Luís (antigo Complexo Penitenciário de Pedrinhas) revelam que alguns estão sem colchões para dormir há mais de um mês. Parte deles é ligadas a facções criminosas, o que aumento o risco de tensão no sistema prisional.
Ainda de acordo com os parentes, já houve presos que propuseram comprar os seus colchões com recursos próprios, mas foram proibidos pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).
Alegando estarem submetidos a condições subumanas, presos se mostram a cada dia mais insatisfeitos, o que aumenta o risco de fugas, motins, rebeliões e até execuções no cárcere.
Mulheres
Semana passada, o blog noticiou, em primeira mão, o ataque a um grupo de mulheres de detentos que dormiam em quartos de aluguel em frente ao complexo prisional para facilitar a visita íntima, ao amanhecer. Os autores foram apontados como integrados do Comando Vermelho (CV), uma das facções que atuam São Luís. Eles teriam invadido os cômodos ao descobrir que lá se abrigavam companheiras de membros do Bonde dos 40, organização criminosa com a qual travam uma disputa sangrenta por território, sobretudo para exploração do tráfico de drogas.
Informação atualizada dá conta de que após a invasão dos quartos, as mulheres passam a noite acordadas e, de manhã cedo, saem em comboio para se proteger de eventuais assaltos e outras investidas dos rivais.