A polêmica envolvendo a gestão caótica do Terminal Rodoviário de São Luís tem repercutido de forma controversa no governo Flávio Dino (PCdoB). Acusada de omissão em relação aos erros e desmandos cometidos pela empresa que atualmente controla o espaço, a administração estadual já divulgou duas versões para o caso, sendo que a primeira desmente categoricamente a segunda.
Em ofício datado de 21 de março de 2016, assinado por seu presidente, José Artur Cabral, a Agência Estadual de Transporte e Mobilidade Urbana (MOB) revelou, com base em informações prestadas por sua Diretoria Técnica, que “a empresa RMC Comércio e Serviços LTDA. encontra-se em situação irregular, não possuindo qualquer instrumento jurídico que a autorize a administrar o referido terminal”.
Além de trazer à tona a verdade sobre um imbróglio, que persiste por quase um ano e meio, o documento comprovou o descaso do governo para com a questão, reforçando as acusações dos permissionários da rodoviária, como donos de restaurantes, lanchonetes, lojas de roupas, perfumaria, artesanato, dentre outros.
Controvérsia
Após o conflito se tornar público, graças à diligencia de meios de comunicação não alinhados politicamente ao Palácio dos Leões, a exemplo deste blog e do jornal O Estado do Maranhão, o governo mudou radicalmente a versão. Em nota divulgada ontem, a pedido de O Estado, que publicou reportagem em sua edição de hoje anunciando que a licitação para a contratação de uma nova empresa para administrar o terminal rodoviário ocorrerá em 30 dias, a Secretaria de Estado da Comunicação e Assuntos Políticos (Secap) informou que uma decisão judicial mantém a RMC Comércio e Serviços LTDA. na gestão da rodoviária até a conclusão do certame, cujo lançamento do edital ocorreu em 26 de junho.
Como se não bastasse o caos e os abusos que marcam a administração do terminal, as versões contraditórias propagadas pelo governo comunista põem todo o processo sob suspeita.