O governador Flávio Dino (PCdoB) tem usado dois pesos e duas medidas ao destinar recursos para ações de saúde em municípios do Maranhão. Um dos exemplos mais recentes ocorreu na região dos Cocais, onde o município de Matões, base política do deputado federal comunista Rubens Júnior, que tem como atual prefeito Ferdinand Coutinho, irmão do presidente da Assembleia Legislativa, Humberto Coutinho, foi contemplada com recurso extra de R$ 500 mil. Enquanto derrama dinheiro em reduto de aliados, Dino discrimina a vizinha Caxias, cuja administração municipal tem se desdobrado para aliviar o sofrimento da população que precisa de atendimento médico-hospitalar.
Viabilizada por meio da Portaria nº 311, de 25 de maio de 2017, a verba suplementar destinada a Matões será aplicada no custeio de procedimentos de média complexidade realizados no Hospital Municipal Divino Espírito Santo. Regulamentada pela Lei nº 9.634, de 16 de junho de 2012, a operação decorre de transferência de recurso financeiro do Fundo Estadual de Saúde para o Fundo Municipal de Saúde de Matões. Os R$ 500 mil será repassados no prazo de 12 meses e a prefeitura terá 120 dias para prestar contas do montante recebido.
Massacre
Autoridades públicas municipais caxienses chamam de massacre o que o Governo do Estado vem fazendo com a cidade. Lamentam que estejam sendo penalizados por perseguição política, uma das marcas registradas da gestão comunista, e cobram parceria com a administração estadual, em prol da população, direito garantido por lei.
Ao receber, no dia 7 deste mês, uma comitiva do Governo do Estado formada pelos secretários Antônio Nunes (Governo), Simplício Araújo (Indústria e Comércio) e Marcellus Ribeiro (Fazenda), o prefeito Fábio Gentil (PRB) fez um apelo e pediu que fosse transmitido ao governador Flávio Dino. Gentil alertou para a necessidade do retorno dos recursos da saúde para Caxias, ponto fraco do município neste momento.
O gestor municipal informou aos secretários que o governo suspendeu o repasse de quase R$ 3 milhões, que por lei, é uma contrapartida ao município. “Já são seis meses sem os recursos”, lembrou, com preocupação, o Fábio Gentil, lembrando que quem mais sofre com a situação é o povo.