Em defesa da Uema

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O governador Flávio Dino suprimiu R$ 8,8 milhões do orçamento da Uema somente no mês de junho no momento em que os professores solicitam o cumprimento de acordo firmado verbalmente entre o governador e a associação de professores da Uema. A associação dos professores considera um total desrespeito para com o ensino superior e em especial para com os aposentados, que são os maiores prejudicados pelo acordo firmado e não cumprido pelo governo.

Essas ações do governo Flavio Dino tornam mais grave a situação dos professores da Uema que acreditam que o governo não tem interesse pela instituição. Ao fazer esta supressão de recurso da Uema, fortalece e demonstra essa convicção. O atual governo, ao assumir em 2015, elegeu a Uema como prioridade do seu governo, mas as atitudes de não cumprir acordo, não conversar com os professores e retirar recursos do orçamento mostram que é um governo canhoto e não de esquerda.

Em relação à Uema, as práticas do atual governo são recorrentes aos demais governos. A infraestrutura da universidade estadual não gozou de melhorias no governo de Flávio. E, ao declinar de acordos firmados, os aposentados completam neste mês de junho, 5 anos do último reajuste. Essas atitudes do Governo fazem com que professores, servidores, alunos e aposentados desacreditarem nele.

Os aposentados estão há nove meses aguardando o cumprimento de um acordo de pagamento da URV, ação transitada em julgado, que o secretário Marcelo Tavares e o procurador Rodrigo Maia, prometeram pagar ainda em 2016 aos aposentados e pensionistas. Por outro lado somos surpreendidos com a notícia da ação predatória do governo retirando recursos do agora agonizante orçamento da Uema, sem cumprir mais um acordo firmado em primeiro de março com o secretário Marcelo Tavares da casa civil, que foi a incorporação de uma gratificação técnica aos vencimentos dos professores ativos e aposentados.

Não é por outra razão que os diversos segmentos da Universidade afirmam que a solução a curto prazo para os problemas orçamentários são simples: A implantação da verdadeira autonomia financeira sob a forma de repasses mensais dos recursos orçamentários (duodécimo). Tal precedente encontra amparo nas constituições federal e estadual, a exemplo do que o Estado faz com relação ao Ministério Público.

Descumprido por todos os governos anteriores, esperávamos que o governo da mudança, viesse a respeitar as disposições legais sobre a matéria.

A Comissão de Negociação Salarial da UEMA

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