Ato público exige “Fora, Temer”, mas poupa Dino, apesar de inquérito por propina na Lava Jato

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Ponto de concentração da carreata foi a Praça Maria Aragão, onde manifestantes gritaram “Fora, Temer”

Uma carreata realizada na manhã deste domingo marcou as manifestações locais em defesa do afastamento do presidente Michel Temer (PMDB), citado na Operação Lava Jato. Centenas de pessoas, muitas ligadas a partidos políticos e a entidades com engajamento partidário à esquerda, e até membros do governo Flávio Dino (PCdoB), ele próprio também investigado pela força-tarefa sob acusação de ter recebido propina, participaram do ato.

O ponto de concentração da carreata foi a Praça Maria Aragão, de onde partiram cerca de 200 veículos, segundo os organizadores. Sobre um carro de som, líderes do movimento protestaram contra os escândalos políticos que vêm abalando e desestabilizando o Brasil, principalmente após a delação premiada do empresário Joesley Batista, dono do frigorífico JBS, o maior do país, envolvendo diretamente Michel Temer, que ontem fez um pronunciamento em rede nacional reafirmando que não renunciará ao mandato.

Entorno da Praça Maria Aragão ficou congestionado por causa do ato público liderado pela esquerda

Empunhando bandeiras – muitas do PCdoB – e faixas com mensagens de protesto, os manifestantes pregaram o imediato afastamento de Temer e a realização de eleições diretas para presidente da República. O blog identificou pelo menos um membro do alto escalão do governo estadual na carreata: o ex-vereador comunista, recém-empossado – por indicação de Flávio Dino – membro do Conselho Estadual de Educação, Professor Antônio Lisboa, ao volante de um carro, acompanhado de outras pessoas.

Cidadão envolto em bandeira do Brasil integrou um dos poucos grupos formados por pessoas sem vinculação político-partidária

Flávio Dino poupado

Em coro, todos gritavam “Fora, Temer”. Contra Flávio Dino, acusado por um delator da Odebrecht ouvido pela Lava Jato de ter recebido propina de R$ 400 mil a título de ajuda para sua campanha ao governo, em 2010, nenhuma menção sequer ao microfone. O comunista foi cinicamente poupado, como se seu nome também não estivesse envolvido no escândalo e o inquérito que apurou as acusações que pesam sobre ele e outros nove governadores não tivesse sido enviado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Em minoria no ato, cidadãos sem qualquer atrelamento político, inclusive, algumas famílias juntas, integraram o cortejo, mas se mantiveram afastados dos grupos formados por governistas, ativistas, militantes partidários e outros sectários. Assista ao vídeo:

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