Atordoado com os impactos da citação do seu nome por um delator da Odebrecht interrogado na Operação Lava Jato e por recente pesquisa de intenção de votos que apontou empate técnico entre ele e a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) na disputa da sucessão estadual, em 2018, o governador Flávio Dino (PCdoB) tenta reagir, mas de forma atabalhoada. Em meio ao forte abalo, o comunista sacou uma pesquisa vencida, feita mês passado, cujo resultado indica que ele seria reeleito no primeiro turno, com inacreditáveis 59% dos votos.
Sem consistência alguma, já que os números apurados são defasados, o levantamento serviu apenas para reforçar o desespero de Flávio Dino e do seu grupo político com a ameaça de perda do poder. Ninguém em sã consciência e livre de paixões e afinidades partidárias crê, atualmente, no favoritismo do governador no pleito do ano que vem, tamanho o abalo causado pelo escândalo nacional que o envolve, sem falar nas medidas impopulares por ele tomadas, como o aumento de impostos.
Realizada duas semanas antes da divulgação das delações e da inclusão do gestor maranhense entre os suspeitos, a sondagem não tem valor algum para medir a preferência do eleitorado do estado, pois carece de um elemento fundamental: a resposta popular à acusação de que o então deputado federal Flávio Dino foi um dos beneficiários da corrupção.
O próprio governador sabe que sua imagem está gravemente desgastada. Prova disso é sua estratégia de divulgar a pesquisa, encomendada, inicialmente, apenas para consumo interno, e suas aparições na mídia alinhada ao Palácio dos Leões. A propósito, na manhã desta terça-feira, ele concedeu entrevista em cadeia de rádio para enumerar feitos da sua gestão e anunciar obras e outras ações. Na verdade, não passou de um palanque armado para um discurso que destoa das práticas do seu governo e para ataques a adversários políticos.
Em vez de explicar as evidências cada vez mais concretas de que recebeu propina da Odebrecht, entre as quais a revelação de que “Charuto” era o seu codinome no esquema, Flávio Dino, com a clara intenção de desviar o foco e confundir a opinião pública, abusa da retórica inconsistente com a qual convenceu mais de 1,8 milhão de maranhenses incautos a elegê-lo governador.
De arma poderosa, a eloquência do comunista já começa a traí-lo, tamanha a diferença entre o que ele diz e a realidade dos fatos. Acuado, Flávio Dino sabe que o crédito que lhe foi dado pelo povo converte-se, a cada dia, em uma dívida que pode lhe custar a reeleição. Eis a razão do pânico.
Alô Blogueiro puxa saco, a Lava Jato vai pegar a Roseana e toda acambada do
Sarney, ainda existem delações a serem feitas. Sarney Nunca Mais.
Blogueiro, despreparado e sem imparcialidade, pensei que era uma notícia séria.