BRASÍLIA – Em depoimento ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandrino Alencar, ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht, afirmou que operacionalizou a entrega em espécie de R$ 21 milhões de caixa dois para três partidos aliados da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer em 2014. Uma das legendas beneficiárias do esquema foi o PCdoB, do governador do Maranhão, Flávio Dino, liderança mais expressiva da sigla, que já chegou a cogitar uma possível candidatura a presidente da República, em 2018.
A maioria dos recursos foi entregue em hotéis e flats em São Paulo, segundo o depoente. Outros dois partidos que venderam o apoio à reeleição de Dilma em troca de dinheiro de caixa dois, de acordo com o depoimento, foram PRB e Pros. Ao todo, contou o delator, cada um recebeu R$ 7 milhões. Ele menciona ainda mais R$ 4 milhões para o PDT, mas disse que outra pessoa da Odebrecht cuidou dessa parte.
Pelo PRB, o interlocutor, relatou o delator, foi o atual ministro de Indústria e Comércio, Marcos Pereira. “Pelo PROS, o meu interlocutor foi o presidente do PROS, Eurípedes Junior; pelo PCdoB, foi o senhor chamado Fábio (…), que é de Goiás aqui; e pelo PRB, o atual Ministro Marcos Pereira, que era presidente do PRB”, disse.
“Às vezes a pessoa, o partido, ficava num hotel e o recurso ia para o hotel, ou tinha um lugar fixo em São Paulo, um flat, onde as pessoas dos partidos iam lá buscar”, afirmou.
Continue lendo aqui.
Fonte: Valor Econômico