Na próxima quinta-feira, o governador Jackson Lago estará em Brasília para oficializar a adesão do Maranhão ao Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), do Ministério da Justiça, que prevê uma série de investimentos nessa área.

Atormentado que está pelas greves de policiais civis e agentes penitenciários, que têm causado um impacto altamente negativo no sistema de segurança pública do estado, o governador seguirá para a capital federal com um fardo pesadíssimo nas costas.

Ao mesmo tempo em que se credenciará para receber recursos para o combate à violência, Jackson terá a obrigação de relatar ao ministro Tarso Genro o caos em que se transformaram as delegacias do estado e o Complexo Penitenciário de Pedrinhas nas últimas semanas.

O governador cometerá um pecado imperdoável se omitir, por exemplo, a recusa de agentes e escrivães em registrar ocorrências nos distritos policiais desde o início da paralisação e os confrontos entre policiais civis e militares em frente à Penitenciária de Pedrinhas logo no primeiro fim de semana do movimento.

Além de comemorar o reforço de receita para a segurança pelo Pronasci, seria oportuno ao governador admitir ao ministro que descumpriu acordos que havia firmado com as categorias em greve e que estes foram os fatores que desencadearam os movimentos grevistas.

Portanto, Jackson deve aproveitar o momento não apenas para jogar confete, mas, acima de tudo, para refletir sobre o desmonte da segurança que vem ocorrendo em sua gestão.