Temendo o fortalecimento ainda maior da candidatura do deputado estadual Wellington do Curso (PP) a prefeito de São Luís, o Palácio dos Leões opera uma manobra para impedir que o PT vá para o palanque do parlamentar depois de ter anunciado que não mais se coligará à chapa pela qual o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) disputará a reeleição. Sentindo-se humilhados diante da imposição, petistas que rejeitam a tutela governista denunciam a coação.
Reunidos na noite de ontem, a direção e militância do PT repudiaram a pressão, exercida principalmente pelo secretário de Estado de Comunicação e Assuntos Políticos, Márcio Jerry, que convocou dois petistas de proa, o colega da pasta de Esportes, Márcio Jardim, e o deputado estadual José Inácio para ler a cartilha com a orientação palaciana.
No encontro, Jerry deixou claro que o PT não pode se aliar a Wellington em hipótese alguma. A intenção é evitar que o candidato do PP, que aparece entre os três primeiros colocados nas últimas pesquisas de intenção de votos e como favorito à vitória no segundo turno, ganhe ainda mais peso com um possível apoio petista.
O segundo homem mais forte do governo cogitou até a possibilidade de uma aliança do PT com o deputado estadual e também pré-candidato Eduardo Braide (PMN), de modo a afastar qualquer risco da sigla compor com Wellington.
Imposição também na proporcional
Outra imposição palaciana ao PT é quanto a definição da chapa do partido para a eleição de vereador na capital. Márcio Jerry deixou claro que a legenda terá que obedecer às orientações do governo na montagem da aliança para o pleito proporcional.
Também escalado para o governo para exercer pressão sobre o PT, o deputado federal Weverton Rocha, cacique do PDT no Maranhão, agendou para hoje visita ao Diretório Municipal do PT para selar o acordo.
Nao acredito nessas historias. Pra mim é sensacionalismo pre eleicao.