O Partido dos Trabalhadores resolveu abandonar a aliança por meio da qual o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) tentará a reeleição, em outubro. Sinal de que os petistas não estão assim tão convictos de que o agora ex-aliado renovará o mandato. Com seu gesto, reproduzem o pensamento de grande parcela do eleitorado da capital e até mesmo da classe política, que não vêem chances nas urnas para Edivaldo, cujo mandato está muito aquém das promessas que fez em campanha.

A decisão do PT de romper com Edivaldo, apenas duas semanas após o anúncio da aliança, foi tomada na noite de segunda-feira (25) e teve motivações diversas. Uma delas foi a negação da vaga de vice ao partido, que havia indicado o advogado Mário Macieira para a vaga. O PDT de Edivaldo não só rejeitou Macieira como o ridicularizou em blogs alinhados à administração municipal.

Enquanto era descartado, o PT assistia, contrariado, à investida do PSB de conquistar a vaga que acreditava ser sua na chapa do prefeito. Na verdade, se viu atropelado, diante do favoritismo do vereador Roberto Rocha Jr., presidente da sigla socialista na capital.

Desprestigiado, PT não viu outra saída a não ser anunciar que abrirá negociação visando a possível composição com outros pré-candidatos à sucessão municipal, entre os quais Wellington do Curso (PP), Eduardo Braide (PMN) e Rose Sales (PMB).

Com cerca de 60 minutos na propaganda eleitoral, o PT é bem vindo em qualquer palanque. Preterido por Edivaldo, o partido colocará sua expressiva militância a serviço de outro projeto político, o que torna o desfecho da eleição em São Luís ainda mais imprevisível.