Time sem brilho. A definição cabe perfeitamente ao Sampaio Corrêa na atual temporada. A goleada de 4 x 0 imposta ontem pelo Vasco da Gama ao Tricolor, em pleno Castelão, comprova tal julgamento, ao mesmo tempo em que serviu de alerta para que o clube maranhense refaça sua estratégia, dentro e fora de campo, caso pretenda permanecer na Série B em 2017.
Salvo algumas jogadas isoladas, sem qualquer vestígio de tática ou entrosamento, o Sampaio foi apático em sua estreia na competição nacional. Os mais de 32 mil torcedores que foram ao estádio, a maioria bolivianos saudosos de ver seu time enfrentando grandes equipes do futebol brasileiro, testemunharam um verdadeiro massacre do rival carioca.
Parecia jogo de profissional contra amador: de um lado, um bem treinado e disposto Vasco e de outro um Sampaio desordenado e, às vezes, atônito, muito aquém da equipe aplicada e aguerrida de outrora, que impunha supremacia aos rivais dentro de casa e vendia caro as raras derrotas que sofria em seus domínios – o próprio Vasco teve que penar para não perder para o Tricolor no Castelão, em 2014, em um confronto que terminou em 2 x 2.
Assistindo à partida pela TV, ouvi de um comentarista a fórmula do fracasso tricolor diante dos cruzmaltinos: um buraco enorme entre a defesa e o meio-campo do Sampaio. Com tamanha brecha, Nenê e companhia armaram sucessivas jogadas e construíram um placar que poderia ter sido ainda mais elástico não fossem as boas defesas do goleiro Rafael, a necessidade do Vasco de se poupar em meio à maratona de jogos e, obviamente, a sorte.
Uma das competições mais equilibradas do futebol brasileiro, a Série B está cheia de times dispostos e com qualidade para ocupar as primeiras posições da tabela e chegar ao título. Além do Vasco, brigam Goiás, Bahia, Ceará, Náutico, Paysandu, Criciúma e Joinville.
Infelizmente, na atual temporada, o Sampaio está longe de integrar esse pelotão. Reveja os gols do massacre vascaíno em pleno Castelão:
