Em mais um de seus devaneios, a secretária de Segurança Cidadã, Eurídice Vidigal, afirmou que mesmo durante a greve de policiais civis, escrivães, peritos criminais e agentes penitenciários, iniciada há sete dias, houve reforço no policiamento nas ruas. A afirmação tresloucada foi feita durante reunião realizada nesta segunda-feira (2), à noite, para avaliar as ações do governo durante a paralisação. Nada mais inverídico e fora de lógica. Os meios de comunicação, mesmo os alinhados ao governo Jackson Lago, a desmentem de forma categórica. Nos últimos dias, em especial no fim de semana passado, emissoras de rádio e TV, jornais e sites de notícias de todo o Maranhão exibiram, em som e imagens, confrontos entre grevistas e militares em frente ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Lá, um forte aparato está posicionado desde o início da greve para garantir as visitas de parentes aos presos. Na manhã do último sábado, nada menos que 17 viaturas da PM foram destacadas para Pedrinhas. Como pode, então, a digníssima secretária afirmar que os bairros estão protegidos se grande parte do efetivo militar está à disposição do sistema penitenciário? Se em condições normais, o número de policiais é insuficiente para combater a violência, imagine neste momento atípico, quando parte da tropa, em vez de fazer rondas, tem como única missão garantir a ordem no ambiente carcerário. Eis outro dado que desmente a secretária. O maior temor do governo é que estoure uma rebelião em Pedrinhas, como a que levou pânico ao Complexo Penitenciário na última greve, em outubro do ano passado. Para garantir o direito dos presos de ter encontros íntimos e outros contatos com familiares e assim manter um clima pacífico nos presídios, vale até mesmo deixar a população vulnerável à criminalidade e usar o artifício da mentira para fingir que está tudo bem.
Dia de visita é uma ze na semana, das 9h da manhã até as 17h da tarde, nesyte pequeno periodo semanal o efetivo trabalha redobrado. masi policia civil não faz policiamento ostensivo ou seja, ninguem fica a merce do crime. No Ceará a Policia Civl ficou 8 meses em greve ano passado. Um conselho procure se informar antes de escrever “devaneios”.
Resposta: acho que você não entendeu o que escrevi. Eu disse que a manutenção de policiais militares em frente ao Complexo Penitenciários desfalca o policiamento ostensivo. Em momento algum, quis dizer que Polícia Civil faz esse trabalho. Não copie os devaneios da secretária que você defende.
Caro DANIEL MATOS:
Atente bem para este detalhe: o quadro efetivo da PMMA gira atualmente em torno de 8.000 homens; portanto, esses 250 policiais que ora prestam serviço no Complexo Penitenciário de Pedrinhas são apenas “uma gota d’água no oceano”, que em nada afeta a segurança do Estado. O mesmo acontece com as viaturas que lá estão, cerca de 17 a 20. Ora, recentemente o governador entregou l50 novas viaturas à PM, portanto resta ainda uma grande quantidade delas para policiar nossa cidade.
Por isso, penso que, neste caso específico, a Dra. Eurídice Vidigal tem toda a razão. Essa greve em nada afeta o esquema de segurança planejado pela SESEC. Não é esse o problema, caro Daniel.
Outrossim, é clara a intenção dos grevistas de provocar tumulto e baderna, pensando com isso chamar a atenção sobre si. Dessa forma, penso que as medidas adotadas pela Secretária Eurídice Vidigal revelam grande sensatez, acuidade e tirocínio. Greve sim, baderna nâo!
Quase 8.000 homens na PM para trabalhar? Deve ser piada ou quem escreve isso não deve conhecer a corporação. A PM é dividida para todos os batalhões, companhias independentes, pelotões e destacamentos deste Estado. Além do que muitos policiais estão de licença médica, férias, licença prêmio fazendo segurança de Tribunais, Foruns, casa de políticos, desembargadores etc O que sobra são esses mesmos de todos os dias. Como dizia Cel. Romão todo o dia nos reinventamos a polícia.
Prezado leitor OBSERVADOR: Claro que a PMMA é dividida para todos os batalhões, todos sabemos disso. Sabemos também que há diversos policiais que estão de licença, de férias e em serviços diversos, como os que você mencionou. Concordo com tudo o que você disse, meu caro Observador, mas volto a afirmar: ainda assim, um grande número de policiais fica a disposição da SESEC, o que é mais que suficiente para policiar a cidade. Prova disso é que, desde o início da greve até agora não houve aumento da criminalidade em nosso estado, os índices permanecem os mesmos de antes.
É a minha opinião. Obrigado.
Para seu conhecimento ontem pela manhã uma mesma quadrilha assaltou a Drogaria Pague Menos duas vezes e, à noite por volta de 19;30 horas, no Araçagy II na Rua 26, o Comercial Coelho foi assaltado e seu proprietário senhor SALVADOR GERALDO DA SILVA de 54 anos foi vítima de um disparo de arma de fogo no pescoço que o deixará paraplégico. Momentos antes os assaltantes estiveram numa padaria na rua 31 mas não conseguiram fazer o assalto.
Sabe quantos corpos foram autopsiados no IML nos últimos dois dias? Se informe e veja o que é violência. Dois corpos que não puderam ser identificados e como já estavam exalando mau cheiro tiveram de pedir autorização paa a Justiça para serem enterrados.
No dia 30 por volta de 21 horas uma quadrilha roubou de um cliente um carro no restaurante Bacalhau e Companhia e se dirigiu para a casa de uma família no Bairro Planalto Anil III e por volta de 21:45 os assaltou colocando as crianças da casa como reféns. No mesmo dia à noitinha fizeram um assalto na Casa Lotérica do Cohatrac (situada na Avenida) e uma Madeireira no Jardim Araçagi. E ainda tem gente dizendo que não houve aumento de violência. Me compre um carneiro.
Ouça o programa de Silvan Alves e veja o que ele diz sobre a violência na cidade.
Caro OBSERVADOR: claro que ouço o programa do Silvan Alves. Ouço também vários outros, como o do Domingos Ribeiro, na Rádio Mirante. Ora, todos esses fatos que você descreveu fazem parte do cotidiano de qualquer grande cidade. Hoje (05/06/2008), por exemplo, não foi registrado nenhum homicídio na Capital, apenas alguns assaltos, comuns nas grandes e médias cidades. São Luís é já é uma metrópole, companheiro, pois tem mais de 1 milhão de habitantes. A escalada do crime se alastra por todo o país, ou melhor, por todo o Mundo, e São Luís está dentro desse contexto… Infelizmente, nossa cidade não é uma ilha paradisíaca isolada do resto do mundo. Outra coisa, meu caro: os crimes ocorrem não por falta de policiamento, mas porque é simplesmente impossível para a Polícia advinhar aonde eles vão acontecer: falta-lhe uma bola de cristal para isso! Sãos os novos tempos, companheiro, são os novos tempos, e é preciso que nos adaptemos a eles! Violência zero, como vocês querem (e nós também) talvez só na CIDADE DO VATICANO… e olha que eu disse TALVEZ!
Violencia não é somente homicídio. Homicídio é o tipo de violencia mais visivel. Polícia não deve ter Bola de Cristal e sim um bom PLANEJAMENTO POLICIAL. Polícia na rua bandido fora dela. Polícia ausente das ruas bandido toma conta. São os novos tempos que com certeza a POPULAÇÃO DO ESTADO DO MARANHÃO NÃO CONCORDA. POLICIA não se faz com paixão mas com RAZÃO.
Não luto por paixões políticas de quem quer que seja, mas por um MARANHÃO MAIS SEGURO PARA TODOS NÓS.
Concordo, Observador. Um abraço! (JORGE DA BELIRA).