Moradores do Residencial Cidade Verde, em São José de Ribamar, denunciam a formação de vários pontos de acúmulo de lixo dentro do condomínio. A coleta é feita apenas uma vez por semana, o que obriga as famílias a conviver com o incômodo de guardar os resíduos dentro casa até o dia do recolhimento, às quartas-feiras. Mas nem todos se dispõem a armazenar a sujeira por tanto tempo. Muitos fazem o descarte em calçadas, ruas e até em terraços, em áreas laterais e em quintais dos seus imóveis e de vizinhos.
No período chuvoso, como é o caso de agora, há duas opções: ficar com o lixo de uma semana em casa ou despejá-lo nos vários pontos pré-acordados entre os moradores, que acabam virando lixões devido à demora do serviço de coleta. Cachorros e até jumentos rasgam os sacos e espalham sujeira pelo conjunto, agravando o caos, já que a caçamba que faz o recolhimento – em vez de um caminhão compactador – só leva os sacos intactos. Outro detalhe: a caçamba passa apenas nas avenidas do Cidade Verde, excluindo as ruas.
Os condôminos reclamam que nem a Prefeitura de São José de Ribamar nem a construtora Amorim Coutinho, responsável pelo empreendimento, se dispõem a resolver o problema. “A Prefeitura joga a responsabilidade para a construtora e vice-versa”, afirma uma moradora, que prefere não se identificar.
Os populares temem a proliferação de ratos e insetos, como moscas, baratas e outros bichos transmissores de doenças. Em tempos de alerta para o risco causado pelo mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, chikungunya e zika, o pânico é generalizado entre os moradores.
Na tentativa de amenizar o drama, dois contêineres chegaram ontem ao condomínio. Mas, como a coleta do lixo continuará sendo feita apenas às quartas-feiras, a tendência é que o drama dos moradores do Cidade Verde não tenha fim tão cedo.