A cada dia torna-se mais difícil o acesso à saúde no Brasil. No Maranhão, o quadro é alarmante, com falta de leitos, de medicamentos e atraso nos salários de profissionais que trabalham em hospitais e demais unidades de atendimento mantidas pelo Estado. Como se não bastasse o sucateamento da estrutura já existente, a ampliação da rede não sai do papel e não passa de mero discurso que vai se perdendo no tempo, enquanto vidas que poderiam ser salvas são ceifadas pelo descaso.
Todos os dias chegam novas denúncias de pouco caso com a saúde dos maranhenses. Na edição de hoje, O Estado publica matéria informando que a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da zona rural da capital, cuja construção teve início ainda na gestão do ex-prefeito João Castelo, ainda não foi inaugurada.
Em vistoria realizada em julho do ano passado, o prefeito Edivaldo Holanda Júnior anunciou que a unidade médica seria entregue á população em setembro, previsão que não se concretizou. E o que é pior: a administração municipal nunca mais fez referência a obra, como se a mesma tivesse sido esquecida.
Outra prova do abandono do setor é a falta de vários remédios que deveriam ser fornecidos pela Farmácia Estadual de Medicamentos Especiais (Feme), vinculada à Secretaria de Estado da Saúde. Em outra reportagem publicada na presente edição, O Estado aborda o assunto, que transforma em drama a vida de pacientes graves, portadores de doenças como Mal de Alzheimer, e até transplantados. Sem dinheiro para suprir o que é negado pelo governo, enfermos agonizam, enquanto seus familiares se desesperam.
A saúde vai sendo sucateada a olhos vistos em meio à inércia dos atuais governantes, que parecem ignorar o problema. Quando fustigados pela imprensa não alinhada a quebrar o silêncio, os gestores se valem de mero discurso, logo desmentido pela realidade cruel com a qual tanto contribuem. Assim, as promessas de melhoria vão se acumulando, sem qualquer resultado prático.
É lamentável que no Maranhão de hoje a saúde pública não seja tratada com seriedade. A situação atual é de desrespeito, tanto a pacientes, privados de atendimento adequado, quanto a profissionais, que costumeiramente ficam sem salários e não dispõem das condições de trabalho necessárias ao tratamento e à recuperação dos doentes.
Editorial publicado nesta quinta-feira em O Estado do Maranhão
saúde pública que é para os pobres nunca será tratada com o devido cuidado e respeito, quanto a está UPA o subprefeito Edivaldo no afã de se reeleger e tentar fazer proselitismo político dará um jeito de inaugurá-la ainda que não pague a empresa contratada. O calote virou marca registrada do atual prefeito