A Secretaria de Segurança Pública (SSP) instaurou processo administrativo disciplinar para investigar supostas irregularidades cometidas pela delegada de Polícia Civil Clenir Maria Reis no exercício do cargo. A delegada chegou a ser presa em maio de 2013 sob a acusação de extorsão, concussão e prevaricação (relembre). Dois meses depois, ela foi solta e desde então vem respondendo em liberdade.
O processo administrativo disciplinar, que refere-se a outra acusação de extorsão contra a delegada, foi instaurado via Portaria nº 608/2015, assinada pelo secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, e publicada no Diário Oficial do Estado no último dia 15. Caso seja comprovada a culpa, ela pode ser expulsa dos quadros da Polícia Civil do Maranhão.
De acordo com a Investigação Preliminar nº 031/2015, conduzida pela SSP, há indícios de que a delegada cometeu as violações enquanto esteve lotada na Delegacia da Mulher de Açailândia.
Em 24 de janeiro de 2013, a delegada teria recebido a comunicação de violência doméstica praticada contra Maria Rocha da Silva, cuja autoria foi atribuída ao companheiro desta, Raimundo Nonato dos Santos Varão. Clenir teria determinado o registro da ocorrência policial e mandado fazer fotografias das lesões sofridas pela vítima. No entanto, eximiu-se de fazer a intimação do acusado e a instauração e a conclusão do devido procedimento legal para investigação do crime.
Em vez disso, a delegada determinou ou permitiu que seu próprio companheiro, Reinaldo Marra de Castro Júnior, e um amigo identificado como Edilson Ferreira Reis fossem à procura do agressor, exigindo uma quantia para não conduzi-lo à prisão. Como não encontraram Raimundo, passaram a exigir o dinheiro da mão dele, Maria do Rosário dos Santos Varão.
Uma comissão formada pelos delegados Antônio de Lima Paulino, Antônio Albuquerque Leal e Audifram Ribeiro de Sousa vai apurar os fatos, coletar as provas do fato e encaminhar o resultado da investigação para que seja definida a pena a ser aplicada à colega.