Em sua propaganda oficial, a Prefeitura de São Luís alardeia os benefícios decorrentes das obras de asfaltamento de vias públicas da cidade. Muito bem elaboradas, as peças publicitárias veiculadas em diversos meios de comunicação omitem – e não poderia ser diferente – que as intervenções, além de melhorar a trafegabilidade de ruas e avenidas, são verdadeiras ameaças ao patrimônio material e à integridade física dos cidadãos, em razão das falhas cometidas durante sua execução.
Um exemplo de negligência das equipes encarregadas de fazer a pavimentação asfáltica de vias públicas da cidade pode ser constatado na avenida Colares Moreira, nas imediações do Marcus Center. Nesse trecho, foi aplicada uma mistura de asfalto, breu e brita. Por falta de atenção, desleixo ou a combinação de ambos, muitas pedras ficaram espalhadas perigosamente pela pista, já que o contato com os pneus dos veículos faz com que os fragmentos se elevem e se projetem com força em todas as direções.
Uma das vítimas foi a jornalista Ironara Pestana, que teve seu carro atingido por uma pedra suspensa por um veículo que trafegava à sua frente, na tarde de hoje. O impacto foi suficiente para trincar o para-brisa dianteiro doRenault Sandero, comprado há cerca de quatro meses. “Eu deveria acionar a Prefeitura de São Luís na Justiça, pois tive um prejuízo alto por pura incompetência da equipe que executou aquele serviço absurdo”, protestou.
Devido à quantidade e à forma como estão despejadas sobre o asfalto, as pedras podem atingir quem estiver trafegando com os vidros laterais abertos ou mesmo transpor os para-brisas dianteiros e acertar em cheio o motorista ou outro ocupante do veículo. Diante dessa ameaça, os condutores e passageiros mais atentos fecham as janelas dos carros tão logo avistam o perigo. Mas há quem não identifique o risco, tornando-se uma vítima potencial de um grave acidente.
A situação denunciada neste post induz à conclusão de que o prefeito João Castelo (PSDB) está preocupado muito mais em enaltecer os seus feitos via propaganda. Quanto à qualidade e à segurança das obras executadas por sua gestão, estas ficam em último plano.
Fotos: De Jesus/O Estado do Maranhão