Rejeição da janela frustra políticos conspiradores, inclusive no Maranhão

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Juscelino Filho quer se dar bem com a janela, mas pode amargar frustração
Juscelino Filho quer se dar bem com janela, mas pode amargar frustração

É cada vez mais remota a possibilidade de abertura de janela para trocas partidárias. Aprovada com folga, em dois turnos, na Câmara dos Deputados, a Proposta de Emenda Constitucional enfrenta resistência no Senado, onde vários membros avaliam que ela não terá votos suficientes para passar. Recentemente, o presidente do Partido Humanista da Solidariedade (PHS), Eduardo Machado, disse ter conversado com 26 senadores e todos declararam ser contrários à PEC (confira).

A provável rejeição da janela – prazo de 30 dias para políticos mudarem de legenda sem o risco de perder o mandato por infidelidade partidária – frustra os planos de deputados federais, deputados estaduais e vereadores que pretendem trocar de partido, sobretudo daqueles que já armavam bote para tentar se apropriar de siglas com comando já constituído, devidamente estruturadas e com projetos em andamento visando às eleições do ano que vem.

No Maranhão, o clima é de expectativa e até de tensão, em razão das investidas de determinados políticos sobre legendas como o DEM. Nesse caso específico, chama atenção a movimentação do deputado federal Juscelino Filho (PRP) de assumir o controle da sigla. Para tanto, ele tenta barganhar com a Executiva Nacional democrata a filiação de toda a bancada do PRP na Câmara dos Deputados (ele próprio, um parlamentar do Rio de Janeiro e outro de Minas Gerais). Em troca, assumiria o Diretório do partido no estado, atualmente presidido pelo ex-deputado federal e atual primeiro suplente de senador Clóvis Fecury..

A artimanha de Juscelino Filho não prosperou até agora e tudo indica que o plano morrerá no nascedouro. Dois fortes motivos podem inviabilizar o golpe armado pelo afoito deputado: a não aprovação da janela e o risco iminente de cassação do parlamentar, que é réu em processo na Justiça Eleitoral por abuso de poder econômico, corrupção ou fraude, movido pelo primeiro suplente, Ricardo Archer (PSL) (veja).

Caso seja aprovada, a janela valerá pelos 30 dias seguintes à promulgação da PEC. Para muitos políticos, a possibilidade de mudar de partido deu origem a um jogo de interesses. E alguns partiram para o vale tudo. É o caso de Juscelino Filho, que viu na janela a possibilidade de puxar o tapete da atual direção do DEM no Maranhão e, de quebra, a esperança de salvar o mandato.

Só falta combinar com a Executiva Nacional democrata e com a Justiça Eleitoral.

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