Em nota divulgada nesta segunda-feira (29), a Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Luís presta solidariedade ao padre Roberto Perez, constrangido pelo governador Flávio Dino (PCdoB), durante reunião no Palácio dos Leões para entrega da minuta do projeto de lei que cria mecanismo estadual de prevenção e combate à tortura e o Comitê Estadual de Combate à Tortura.
Na nota, assinada pelo arcebispo de São Luís, Dom José Belisário da Silva, a Igreja Católica diz que “foram proferidos pelo governador Flávio Dino conceitos e palavras indelicados, dirigidos ao padre Roberto Perez, da Pastoral Carcerária”.
A Comissão Justiça e Paz condenou o uso do termo pejorativo “mensalinho”, empregado pelo governador para classificar a remuneração recebida pelo sacerdote, no governo passado, para prestar assistência religiosa a apenados do sistema penitenciário do Maranhão. Observou que o padre exerceu a atividade com seriedade e compromisso cristão.
“Nada de desonesto, uma vez que o referido cargo existia e ainda existe”, ponderou a Arquidiocese, acrescentando que desde a demissão de Roberto Perez foi contratado um representante de outra igreja, cujo trabalho merece, igualmente, respeito. “De longe, qualificá-lo com a forma pejorativa de “mensalinho”. Segue a nota: