super-poderes no governo Jackson
Portaria baixada em 28 de dezembro do ano passado pela secretária estadual de Administração, Helena Castro, delega à professora Ana Sílvia Tavares Silva, irmã do ex-governador José Reinaldo Tavares, a competência de assinar atos de redistribuição e disposição, de concessão de licenças e até de salário-família aos servidores do Estado.
Ana Sílvia Tavares é secretária adjunta de Gestão de Pessoas da Secretaria de Estado de Administração e Previdência Social. Na prática, a portaria do governo, de nº 376/07, dá a ela poderes para afastar ou colocar no ostracismo qualquer funcionário que não se alinhe aos interesses da atual gestão.
Como José Reinaldo Tavares foi o principal financiador da campanha da Frente da Libertação e hoje é figura das mais influentes do governo Jackson, pode ter sido dele a idéia de colocar a irmã em posto tão estratégico. E o que é pior: é possível que o ex-governador use o cargo tão somente para perseguir quem o desagrade.
então tu acha que vc deveria ter esse poder???
Claro que tem que ser a Secretaria de Gestão de Pessoas.
Resposta: É lógico que por sua natureza e pela própria nomenclatura do cargo, a professora Ana Sílvia Tavares deveria, sim, ter essas prerrogativas. Mas o que estranha é o fato de o governo ter-lhe delegado tais poderes somente um ano depois de ela ter assumido tal função, por meio de portaria. Por que será?
Caro Estagiário Daniel Matos,
é impressionante sua determinação para agradar seus patrões, mas vamos parar de fantasiar as coisas.
“é possível que o ex-governador uso o cargo tão somente para perseguir que o desagrade”, isso é uma afirmação muito perigosa, eu diria até leviana, irresponsável e caluniosa.
Dá uma lidinha no Estatuto dos Servidores.
Resposta: Não vejo como demérito a condição de estagiário, como você, por desinformação, me classifica. Mas, devo-lhe informar que, desde junho de 2005, exerço o cargo de chefe de reportagem do jornal O Estado do Maranhão. Como tal, mantenho contato com diferentes fontes de informações. Algumas publico neste blog; outras, por questões éticas, faço uso apenas no jornal.
Quanto à possibilidade de José Reinaldo Tavares usar a irmã para perseguir servidores que contrariem seus interesses, acredito que existe. O passado político recente do ex-governador atesta.