O retrospecto negativo do Sampaio Corrêa nas últimas rodadas da Série B deixou a imensa e apaixonada torcida tricolor com o orgulho ferido. De sensação da competição, com uma série de resultados expressivos e candidatíssimo ao acesso à divisão de elite do futebol brasileiro, o time, agora sob o comando do contestado técnico Vinícius Saldanha, caiu de produção e corre o risco de terminar o campeonato bem menor do que começou.
Na derrota de ontem, para o Joinville, a terceira consecutiva, o Sampaio não foi nem sombra do time perigoso de outrora, que enfrentava qualquer adversário de igual para igual, dentro ou fora de casa. Dominada durante todo o primeiro tempo, a equipe viu o rival catarinense fazer dois gols em sequência, sem esboçar reação. Na segunda etapa, o Tricolor tentou se reerguer, mas, sem inspiração e organização tática, o máximo que conseguiu foi um gol, insuficiente para evitar que o oponente saísse do Castelão com os três pontos e o acesso garantido à Série A.
Estagnado na 10ª posição, com 47 pontos, com risco de despencar ainda mais na tabela, o Sampaio parece desmotivado, fadado a encerrar a temporada ostentando um desempenho medíocre, longe de fazer jus aos elogios que marcaram a trajetória do time nos últimos três anos. Cobiçados por times grandes, alguns atletas, talvez deslumbrados, não demonstram o mesmo empenho que os alçou à condição de ídolos.
Há de se reconhecer que o time fez uma temporada puxada, com número excessivo de jogos e viagens desgastantes. A equipe não suportou o ritmo. Prova disso foi a sequência de lesões que afastou de campo vários jogadores importantes, como Eloir, Pimentinha, Márcio Diogo e Tote.
Além dos bons resultados conquistados até recentemente, a campanha do Sampaio na Série B foi marcada por dificuldades, que devem servir de aprendizado para 2015.