Na semana em que comemorou 48 anos de fundação, a Universidade Federal do Maranhão homenageou professores, servidores e representantes da sociedade civil que possuem relevantes serviços prestados à comunidade acadêmica com a entrega da honraria “Palmas Universitárias”. Nesta edição, foram 77 homenageados, sendo 59 entre docentes e técnico-administrativos e 18 instituições parceiras.
Presidindo a solenidade, o reitor Natalino Salgado ressaltou a importância para a instituição que o momento representa. “É uma forma de reconhecer o esforço e labor daqueles que se dedicam e se dedicaram com muito trabalho para que a UFMA fosse o que é hoje”, enfatizou. Uma medalha e um diploma são entregues às pessoas escolhidas, após amplo e democrático processo que se inicia nas Unidades Acadêmicas e Administrativas.
Entre os homenageados estava uma verdadeira lenda viva da história da UFMA, Josemar Bezerra Raposo, 79 anos, um dos primeiros docentes da Universidade. Formado em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UERJ), em 1964, ingressou na Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Católica em 7 de março de 1966, em um prédio ao lado do Palácio das Lágrimas, onde funcionou a Faculdade de Farmácia do Maranhão, na Rua da Paz. Dessa época ele rememora em tom nostálgico. “A gente tinha senso de que éramos servidores de muita responsabilidade como membros do Conselho Diretor da Presidência da República, cargos criados para a gestão da instituição. Lembro bem que até mesmo aos domingos ficava das 14 às 22h no prédio fazendo despachos”.
Na inauguração da Universidade Federal do Maranhão, à época ainda chamada Fundação Universidade do Maranhão, em 21 de outubro de 1966, Josemar Raposo entrou no primeiro corpo docente da Instituição como professor de História Econômica do curso de Economia. Também esteve envolvido com a criação do primeiro projeto de interiorização de uma universidade federal no Brasil, o Centro Rural Universitário de Treinamento e Ação Comunitária (Crutac/MA), em 1969, instalado em Pedreiras, em 1970. Depois viriam os de Codó, em 1972, e de Imperatriz e Chapadinha, também na década de 70. Os dois últimos deram origem aos campi da UFMA ,em 1981.
No início da década de 80, se aposentou da Universidade Federal do Maranhão. “Saí da UFMA com a sensação plena de dever cumprido e sentindo que deixava um modesto legado para as futuras gerações”, disse. De volta ao Campus do Bacanga, agora para receber as Palmas Universitárias, se admirou com o crescimento da Instituição. “Estou entusiasmado com o crescimento da UFMA”, declarou com empolgação.
Diante de um auditório lotado, os homenageados eram recebidos com aplausos por uma plateia entusiasmada. Janeide Leonar Carvalho Alves, representando os técnicos administrativos, fez um discurso emocionado, de gratidão e incentivo aos colegas. “Quando entramos na Universidade, nem imaginávamos que este dia seria real. Somos uma família, da Universidade Federal do Maranhão, do qual nos orgulhamos muito”, disse, em seu discurso.