mal-sucedido em maternidade pública
Alcione Oliveira, 23 anos, moradora do Parque Vitória, vive em estado vegetativo há quase um ano depois de um parto mal-sucedido na Maternidade Marly Sarney. A jovem deu entrada aparentemente sadia naquela unidade de saúde, em dezembro do ano passado, para dar à luz. Semanas depois, deixou o hospital em coma. O filho que ela esperava simplesmente desapareceu.
Desde que deixou o hospital, Alcione não fala, não anda, enfim, passa o tempo inteiro imóvel, dependendo da mãe para se locomover, se alimentar e até para fazer as necessidades fisiológicas. Para piorar a situação, ela precisa ser submetida a uma cirurgia urgentemente para retirar uma sonda colocada na maternidade, mas sua família não tem recurso para custear o procedimento. O material deveria ter sido retirado um mês após sua colocação, mas, passado quase um ano, continua no corpo da paciente e já provocou infecção.
O único hospital de São Luís que realiza esse tipo de cirurgia é o Carlos Macieira, mantido pelo Estado, mas a direção avisou que não pode fornecer à paciente uma nova sonda, feita de silicone, cujo preço de mercado varia de R$ 500,00 a R$ 600,00. A justificativa é que o estoque está no limite a para que a operação seja feita, a família deve comprar o instrumento.
Sensibilizados com a situação de Alcione, amigos passaram a ajudar com alimentos, remédios, fraudas descartáveis, além de oferecer apoio psicológico à família. Eles denunciam que a maternidade silenciou sobre o caso, inclusive em relação à criança que a jovem deu à luz.
Pessoas dispostas a ajudar a família de Alcione Oliveira podem entrar em contato pelos telefones 3238-1287/9119-0917 (Sandriene).